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Vida de Sonho

Todos os dias temos uma decisão a tomar: o que vou fazer com a minha vida? Por aqui registo reflexões sobre essa guerra.

Vida de Sonho

31
Jan17

Experiência Espiritual - 31/01/2017

Vida de sonho

Uma das ideias mais fortes de 2016 foi a aceitação. No universo tudo acontece naturalmente, está regido por leis naturais que mantêm o equilíbrio e a existência do que nós observamos (e também do que está fora do nosso alcance). É um poder muito superior ao que nós, pobres e frágeis seres humanos num estado egóico, podemos aspirar. E tudo simplesmente acontece. Uma semente transforma-se em árvore, cereal ou planta; uma larva evolui para uma borboleta; a união de duas pessoas pode originar um novo ser; os planetas do sistema solar dançam à volta do sol com uma precisão difícil de acreditar.

Algo criou tudo o que experienciamos, toda esta magia, o milagre da vida. Tudo é regido de uma forma que nos transcende, tremendamente superior às nossas capacidades, no entanto, o nosso iludido ego pretende subjugar a existência à sua vontade. Se queremos dobrar leis com este poder com uma capacidade infintamente inferior, apenas podemos querer sofrer, acumular frustrações.

Assim, visto que o que acontece é determinado por algo que nos ultrapassa, naturalmente, só nos resta aceitar. E o que é aceitar? Aceitar é simplesmente não esperar que tudo aconteça de acordo com a nossa vontade. Tudo exceto o que está nas nossas mãos. Nós temos capacidade de atuar no mundo e um potencial enorme, mas vamos atuar no que está ao nosso alcance. A organização social, o comportamento das outras pessoas, as suas ideias e valores, o envelhecimento, a meteorologia, o trânsito, as estações do ano, as ideologias políticas, as religiões, etc... são exemplos de aspetos muito acima de nós. As coisas são como são e não como queremos que elas sejam.

A nossa enorme capacidade é no nosso dia a dia agirmos de acordo com o que entendemos correto. E essa ação não é limitada. Estamos num sistema em que tudo está interligado, os nossos atos influenciam quem está à nossa volta. O nosso exemplo pode ser seguido por outras pessoas e, realmente, originar mudanças. Mas isto não acontece se quisermos impor a nossa visão, as nossas opiniões. Acontece se aceitarmos o mundo como ele é e dermos o nosso melhor no âmbito da nossa área de influência, nós próprios.

30
Jan17

Experiência espiritual - 30/01/2017

Vida de sonho

Altura de adensar a reflexão sobre o percurso espiritual. Decorreu cerca de um ano desde que iniciei esta "busca espiritual". O objetivo foi aprofundar o autoconhecimento e avançar para uma vida com sentido, em que os meus dias estivessem alinhados com o meu interior. Estava pensar principalmente no aspeto profissional, mas também sabia que poderia causar impacto em todos os aspetos da vida.

Pois bem, o desenvolvimento do processo tratou de me levar por caminhos bem diferentes das ideias iniciais. Auxiliado pelo Tao Te Ching e pela Advaita Vedanta, não demorou muito a perceber o destino final desta viagem: o vazio. À medida que ultrapassamos as diversas camadas, percebemos que a nossa essência é simplesmente vida, existência. Não há um pensamento, uma mensagem codificada ou uma imagem, ou seja, não há algo que a mente possa identificar, caracterizar ou reconhecer. Há vida, há existência, sem forma, cor, cheiro ou paladar para os nossos sentidos apreenderem.

Conclusão, podemos fazer a nossa introspeção e conhecer melhor a nossa personalidade. Aí ficamos ao nível do ego e representa um avanço importante para que vivamos de forma mais serena e harmoniosa. Mas é uma versão incompleta, porque o ego nunca está satisfeito. Poderemos traduzir esse conhecimento em ações que concretizem as pulsões do ego, mas o que acontecerá é que novos desejos aparecem. O ego necessita de uma razão para existir, portanto, criará sempre necessidades a satisfazer, num ciclo permanente até à morte.

26
Jan17

Experiência espiritual - 26/01/2017

Vida de sonho

Ontem, descobri que Mooji, um professor espiritual, vive em Portugal. É muito ativo no you tube e parece ter um site em que partilha muitos conteúdos. Tem uma visão descomplicada e terra a terra do tema e procura transmitir os seus ensinamentos dessa forma. Naturalmente, despertou o meu interesse.

Tem o seu ashram no alentejo, perto de Odemira, ou seja, considerando a relativa obscuridade destes professores e a pouca tradição Ocidental na matéria, torna-se aqui ao lado. Pois é, a altura certa de contactar com ele chegará. Contactar é como quem diz visitar ou participar numa satsang (em finais de abril ocorrerá uma em Lisboa). Sem dúvida, trata-se de um assunto a acompanhar e aprofundar, porque pode representar uma ajuda importante no meu percurso.

As coisas acontecem como têm que acontecer, naturalmente, no ritmo certo. Chegou o momento de descobrir esta informação e integrá-la no meu percurso. Quando chegar a hora, lá estarei.

25
Jan17

Daily journal - 25/01/2017

Vida de sonho

Nestes últimos tempos, as minhas leituras tiveram muitos conteúdos sobre a mente. Muita coisa sobre o ego e a forma como "funciona".

E a verdade é que ajuda a compreender os motivos de tanta infelicidade, insatisfação e negatividade nos seres humanos. Esse suporte da nossa personalidade é uma máquina insaciável de vontades/desejos, que origina uma eterna insatisfação. Mas não só. Cria uma auto-imagem - o que eu sou - e interage com o mundo de acordo ela. Observa, analisa, opina e julga sobre o mundo sob essa permissa. Quer que as coisas aconteçam de acordo com a sua visão, o que, naturalmente, só pode originar frustração. O mundo é o que é, não o que nós queremos que seja. Os outros são como são, não como nós os vemos ou queremos que sejam.

Estes são apenas dois aspetos do ego que originam tanta dor no mundo. Se conseguíssemos definir o que queremos (e ficássemos satisfeitos quando o tivéssemos) e respeitássemos o resto do mundo sem o querer submeter à nossa vontade, a existência humana seria bem mais feliz.

24
Jan17

Daily journal - 24/01/2017

Vida de sonho

Ontem, o meu "amigo" Robin Sharma publicou mais um vídeo. Desta vez em formato aventura, com passagem por vários locais do mundo.

É interessante verificar que ele continua a reforçar o ponto sobre autoconhecimento e até chama spiritual dimension. Não poderia estar mais satisfeito com este enfoque reforçado, porque estou justamente nesse caminho. Existem certos momentos na vida em que chegamos a conclusões poderosas. O estudo e aplicação dos conceitos de desenvolvimento pessoal representou um passo em frente na minha vida. Permitiu recuperar as rédeas do meu percurso e avançar em aspetos muito importantes, como família, exercício, leitura ou alimentação. A partir de meados de 2015, tomei consciência que a minha determinação em avançar numas áreas era bastante superior à de outras.

Ficou bem claro que é o nosso mais profundo interior, o nosso inconsciente, que dita a forma como nos comportamos em todos os aspetos da nossa vida. Acelera uns pontos e desacelera outros. No meu caso, os exemplos de exercício, alimentação ou leitura foram suportados por uma força de vontade interior que me permitiu colocá-los nos meus dias sem esforço. Já no lado profissional, por exemplo, sinto travões internos. Só em esforço, em força de vontade consciente, as coisas avançam.

Um desempenho de excelência apenas acontece se alinhado com a nossa força interior. Isto é válido para qualquer área (cônjude de excelência, profissional de excelência, pai/mãe de excelência, etc...), portanto, iniciei um processo de autoconhecimento através da meditação, estudo da área da espiritualidade e uma leitura mais atenta dos meus instintos e sentimentos. Foi um novo grande avanço, mas é um caminho longo, a percorrer com paciência.

23
Jan17

Daily journal - 23/01/2017

Vida de sonho

Fim de semana agitado. Encontros familiares uns atrás dos outros... Por vezes damos as nossas circunstâncias por adquiridas e esquecemo-nos de as valorizar devidamente. Ter famílias grandes e harmoniosas é algo que não tem preço. Partilhar refeições, dias de férias, hobbies ou uma boa conversa é valioso. Entramos no domínio do imaterial, onde momentos de felicidade e bem estar nos fornecem energia para enfrentar os momentos menos bons que a vida nos oferece.

Arranca nova semana com a agenda no trabalho controlada e o lado pessoal a necessitar mais atenção. Hoje, café existencial com um familiar, para ver se o que aprendi nas áreas do desenvolvimento pessoal e da espiritualidade podem ajudar uma pessoa num momento mais difícil. Depois, consulta médica com as crianças e tratar das constipações que este frio ofereceu.

Panorama sereno e positivo para mais uma semana. Vamos lá usufruir da magia da vida.

20
Jan17

Daily journal - 20/01/2017

Vida de sonho

Vaga de frio em Portugal, que apresenta temperaturas um pouco abaixo de 0 graus. Estamos mesmo mal habituados, porque é realmente incomodativo e não estamos perante descidas muito abaixo dos registos mais habituais no inverno.

Está a ser uma semana muito boa. Boas evoluções no trabalho, arranquei com a segunda leitura do livro de trimestre (O Poder do Agora . Eckhart Tolle) e tive mais um jantar com os meus parceiros de aventuras vínicas. Agora, no fim de semana, há que mimar a família. Equilíbrio...

Esta decisão de alterar a leitura de um livro por mês para um livro por trimestre está a agradar-me muito. Liberta a pressão do timing e permitirá contactar de forma profunda com as ideias dos autores. Visto que os livros escolhidos são para interiorizar e não apenas ler de forma descontraída, a probabilidade de isso acontecer aumenta exponencialmente.

 

18
Jan17

Daily journal - 18/01/2017

Vida de sonho

O dia de ontem foi interessante, em termos profissionais. Resolvi alguns temas, adiantei outros, bons momentos de comunicação e estudo. Tudo num registo calmo e em flow. Isto deixa-nos a pensar, é claro.

Estes dias devem ser a regra e não a exceção. E fica demonstrado que não há qualquer dificuldade associada, apenas uma sintonização da nossa mente com o que estamos a fazer. Quando fazemos o que gostamos, quando estamos intensamente envolvidos, isso acontece naturalmente; mas nem toda a gente vive essa realidade. No entanto, se percebermos os nossos travões internos, o nosso saboteur (como diz Robin Sharma), se identificarmos os mecanismos de sabotagem, nada nos impede de fazermos um trabalho de alto nível.

O desafio é, realmente, a consistência. Esta visão pode proporcionar períodos de performance de excelência, mas não precisamos da excelência todos os dias. Precisamos mais de consistência e essa consistência pode vir do profissionalismo, do impulso interior de fazer o nosso melhor seja qual for o trabalho que executemos. E fazer um bom trabalho pelo brio de fazer um bom trabalho, sem necessidade de especial reconhecimento, agradecimento, etc... Afinal, há um salário que retribui o trabalho.

 

17
Jan17

Experiência espiritual - 17/01/2017

Vida de sonho

Estas semanas têm sido agitadas neste capítulo. Tive um ou outro momento que a mente relaxou e consegui ter a perceção da sensação de simplesmente existir. Nesse momento, também percebi que esse existir (o I am) é percecionado.

Foi um momento de avanço, de contacto com uma fase posterior do percurso. Foi, no entanto, fugaz, não estabilizado. É altura de ter paciência, continuar o trabalho e esperar serenamente que a evolução continue. O percurso não tem que ser longo ou curto, apenas tem que ser percorrido. Neste momento, sinto-o muito focado na mente, ainda muito egóico. É o que é...

Poderia alongar este texto, mas estaria a dar seguimento ao fluxo do pensamento, a alimentar a mente. Vamos seguir, vamos continuar e o que acontecer, acontecerá...

16
Jan17

Daily journal - 16/01/2017

Vida de sonho

Hoje, este artigo sobre a desigualdade da distribuição de riqueza no mundo teve grande impacto em mim.

Oito pessoas têm a mesma riqueza que a metade mais pobre da população mundial. O mundo está organizado desta forma, levou-nos a este resultado. Não vou tecer considerações ou juízos de valor sobre esta situação ou porque chegou aqui. A leitura deste artigo levou-me a uma reflexão inspirada no Tao.

Estas pessoas têm méritos inequívocos, assumiram riscos, empenharam-se nos seus negócios e dedicam a sua vida a isso. Como tal, obtiveram os resultados que aqui se apresentam. O Tao inspira-nos a pensar no conceito de ser suficiente: A partir de um certo ponto, continuar a encher mais faz com que entorne (um copo, por exemplo). Se cada um definir o seu critério do que é suficiente, poderá iniciar uma revolução ao distribuir o excesso.

Pensemos nas empresas privadas. Há inúmeros exemplos de empresários riquíssimos, que já acumularam riqueza suficiente para satisfazer as suas necessidades materiais até ao fim da vida. A partir desse momento, uma distribuição de grande parte dos lucros da empresa pelos colaboradores iria ter um impacto fantástico na vida de muitas e muitas pessoas. Não são apenas estas 8 pessoas que estão em causa, mas milhões e milhões de empresários que o podem fazer. Não estou a falar de aumentos de salários que podem elevar os custos fixos da empresa e condicionar a sua solvabilidade futura, mas distribuição dos lucros.

Que grande impacto teria, a história guardaria um capítulo para estas pessoas. Não ficariam na história dos rankings de milionários, mas na história dos grande humanitários, dos que contribuíram para a evolução da vida em sociedade e das condições de vida do próximo. Eu sei que é fácil falar do dinheiro dos outros, mas não estou a falar de legislar ou obrigar. O exemplo de 2 ou 3 seria a faísca necessária para uma adesão voluntária de 10 e a reação em cadeia iniciava-se.

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