Daily journal - 16/08/2017
O regresso após o período de férias está a ser difícil. Começo a interiorizar o caminho que escolhi, logo alguns aspetos da vida entram em rutura. A realidade profissional está na primeira linha, mas não só. A verdade é que por vezes apetece mandar tudo pelos ares e começar do zero... Um empregozito básico para garantir sobrevivência e tempo para usufruir de estar vivo.
Toda esta aprendizagem e reflexão à volta das verdades mais profundas da existência levam à rejeição de uma vida de acordo com o modelo humano/social em que cresci. Estas filosofias que me têm acompanhado começam a ser dominantes na minha forma de ver e atuar na vida. E estou a verificar em mim o que tenho aprendido sobre a mente. Após uma exposição a um conjunto de ideias de forma contínua e com carga emocional associada, a nossa mente adota-as como parte da sua identidade. A partir dessa altura, a atuação do nosso inconsciente, que gere 95% do que fazemos, segue essas ideias. Sim, a nossa identidade, as nossas ações são programáveis. Apenas necessitamos de decidir que programação queremos e começar a injetá-la na nossa mente. O tempo trata de as tornar realidade.
Neste momento, a dedicação à espiritualidade e à busca pelas respostas às perguntas fundamentais da existência humana dominam a minha mente. Assim, largar tudo e dedicar-me a essa busca é o que a mente quer, mas não é possível, porque a vida construída até agora acarreta responsabilidades. Acima de tudo, família... Não posso simplesmente voltar costas e abandonar este lastro.