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Vida de Sonho

Todos os dias temos uma decisão a tomar: o que vou fazer com a minha vida? Por aqui registo reflexões sobre essa guerra.

Vida de Sonho

31
Out17

Daily journal - 31/10/2017

Vida de sonho

Ontem foi dia de trabalho intenso, nem deu para umas linhas por aqui. Informação de gestão para os órgão de decisão é sempre assunto delicado.

De resto a vida continua. Sempre agitada com as atividades familiares, desafios profissionais e pessoais. Valem as viagens de metro e alguns períodos no dia de trabalho que proporcionam momentos calmos e de paz interior. Esta faceta está a acentuar-se. Este gosto por calma e tranquilidade acentua-se, o que acaba por ser natural quando começamos a perceber o funcionamento da mente. Se a nossa mente nos apresenta um fluxo contínuo de solicitações, em que a conclusão de uma significa o início de outra, então, não vale a pena jogar esse jogo, porque nunca terminará. É uma opção.

Enfim, é a vida e as suas encruzilhadas.

26
Out17

Daily journal - 26/10/2017

Vida de sonho

Ontem, o dia terminou de forma interessante. Os meus projetos de médio prazo passam por simplificar a minha vida.

A prazo, o crescimento da descendência vai dar-me mais liberdade, já que serão mais independentes e, em muitas situações, nem vão querer saber dos pais. Aí há uma simplificação forçada, tantas vezes origem de sofrimento para os pais.

Falta o lado profissional. Assegurando as responsabilidades futuras, em termos de formação, posso pensar em ter uma ocupação mais simples, com menos responsabilidade e menos horas de trabalho.

Ontem, cruzei algumas variáveis e concluí que poderei não estar asim tão longe desse objetivo. Ainda vou afinar algumas contas, mas meia dúzia de anos podem separar-me dessa realidade. Seria um passo muito importante no meu trajeto, um avanço significativo numa vida com mais usufruto, menos corridas sem sentido, menos tenho que fazer e mais quero fazer.

25
Out17

Daily journal - 25/10/2017

Vida de sonho

Continuo a mergulhar nas profundezas da existência. Quando comecei a desfazer as diversas camadas que constituem a nossa vida acabei por concluir que o mais próximo possível de felicidade que posso ter é liberdade. O nosso interior parece ter um desejo: experimentar, viver. Isso apenas é possível com liberdade, sim, sem trabalho, casa, família e outras coisas engraçadas que a sociedade nos sugere ser a forma de ter uma vida feliz.

No meio da turbulência do dia a dia, o que somos sugestionados a pensar ser uma vida feliz? Família feliz, sucesso profissional, com estauto e rendimento, jantares, roupas, gadgets, carros, casas, férias, etc... Tudo isto é programar a nossa mente para ter algo para fazer, uma orientação. Mas também uma prisão, porque temos que fazer uma série de coisas, para conseguir todas essas coisas. Andamos exaustos, pressionados, sempre a correr e muito pouco felizes. Acabamos por ter momentos de prazer fugazes, que nos custaram tempo e saúde. Acaba por não valer a pena.

Só precisamos de paz, sossego e liberdade. O nosso interior brilhará dessa forma, não precisa de tudo o que a máquina económica nos vende...

24
Out17

Daily journal - 24/10/2017

Vida de sonho

Ontem foi um dia intenso, mas a principal reflexão foi à volta da fragilidade do ego. O nosso ego é das entidades mais frágeis que existem. Quando acontece algo que possa assemelhar-se a uma crítica ou a algum aspeto negativo, a reação é violenta, intensa, coloca tudo em causa. É um fenomeno que explica por que motivo é difícil as pessoas serem felizes.

Hoje tive um sonho consciente. O que significa? Estava a sonhar, mas não estava a viver o sonho, estava a acompanhar o sonho como se estivesse a ver televisão. Ora bem, os sonhos resultam da ação mental. Se eu estou a assistir ao sonho, então eu não sou a mente, sou efetivamente o observador da mente. A verdade é que nós pensamos que somos a mente; este ego, com pensamentos, emoções, etc... Mas como algumas escolas religiosas e espirituais ensinam, nós não somos a mente, somos a consciência que observa a atividade da mente. Este acontecimento com o sonho é mais uma pista disso (ou poderei dizer uma prova?).

20
Out17

Daily journal - 20/10/2017

Vida de sonho

Hoje o dia está difícil. Ontem o jantar foi longo e violento, a máquina está presa...

Ontem foi um dia interessante e produtivo no trabalho. E teve um impacto interessante. Se as coisas correm bem no trabalho, a mente está mais descontraída, o que favorece a vertente espiritual. Havendo menos turbulência, as práticas e as reflexões acabam por fluir bem melhor.

Foi muito bom ter percebido isto, pode ajudar a melhorar ainda mais as coisas. É um exemplo prático de que nada é um obstáculo ao nosso percurso espiritual, tudo depende da forma como abordamos as coisas. Se simplesmente fizermos o que temos que fazer, sem mais complicações, o contributo acaba por ser positivo.

19
Out17

Daily journal - 19/10/2017

Vida de sonho

Chegou um dos melhores dias do mês, jantar vínico. Mais logo, o hobby vai ter mais um momento de reforço e aprendizagem. Muito bom.

De resto, a vida continua, numa semana pouco entusiasmante. Há coisas a perder gás, numa altura em que necessito reforçar a intensidade no trabalho. Necessito, mas não está fácil. Não é fácil dar a volta de repente, é preciso algum tempo para se ajustar a programação. Enfim, é a vida...

18
Out17

Daily journa - 18/10/2017

Vida de sonho

Dia difícil, com uma familiar na mesa de operações. Já tem idade avançada, portanto, é sempre um evento de risco.

Nestes momentos, voltamos sempre a questões fundamentais. Há muito sofrimento na vida, portanto, a questão Budista é central: para quê viver, quando tudo é dor? A nossa estrutura mental é muito frágil e tem uma capacidade reduzida de enfrentar a dor ou a adversidade. Só há um caminho: aceitar. A nossa versão humana é frágil, sem poder sobre os acontecimento, portanto, quando os acontecimentos se desenrolam nada temos a fazer senão sentir e aceitar. Ultrapassa-nos, é superior a nós, humildes mortais.

Mas a aceitação não retira importância a outras questões, nomeadamente, por que motivo o universo foi criado desta forma? Por que viemos parar a um mundo com tanta dor e injustiça? Assumir que a criação tem origem numa inteligência, que corresponde a um plano pensado, dá algum caráter menos bondoso a essa entidade. Afinal, para quê criar para infligir sofrimento à criação? Claro que não há só sofrimento, muito pelo contrário, mas a natureza humana tem este desvio negativo.

Até neste ponto, a visão que Budismo e Hinduísmo apresentam faz sentido. Tudo isto é falso. A única coisa real é a consciência, que apenas assiste, observa o que acontece no universo. É como estarmos a assistir a um filme e pensarmos que somos as personagens, não o espetador que em nada é afetado pelo argumento do filme.

17
Out17

Daily journal - 17/10/2017

Vida de sonho

O dia começou com reflexões ao espelho, logo ao acordar. Foi mais ou menos: esquece as expetativas dos outros sobre a tua vida, esquece as megalomanias da tua própria mente, esquece a história do teu potencial. Constrói a tua própria vida e dá ao teu interior a paz que ele quer.

A essência desta formulação é estarmos conscientes das forças que à nossa volta nos empurram. O modelo de vida da sociedade onde nos integramos, os pais e familiares com muitas expetativas e opiniões, bem como a nossa mente. O ego não conhece limites, portanto, muito facilmente propõe sonhos megalómanos. Essas propostas têm que ser geridas com muito cuidado, porque, embora tudo seja possível, os resultados aparecem em proporção ao esforço. Não compremos sonhos que exijam um esforço superior ao que estamos dispostos a fazer. É muito fácil termos os nossos atos condicionados por fatores externos, desligados do que verdadeiramente queremos. E esse caminho pode dar frutos, muitos frutos, mas parece-me que não dará felicidade.

16
Out17

Daily journal - 16/10/2017

Vida de sonho

Diversas reflexões no início do dia. Estas refexões vão sempre ter ao mesmo fim: só queremos estar bem e a vida é uma busca constante por esse sentimento. A mente, no entanto, leva-nos a uma postura de estar bem é estar tudo bem, uma vida sem dificuldades, problemas, adversidades. Mas o universo é dual, ying e yang, para reconhecermos o bom é necessário existir o menos bom.

O que me parece é que não sabmos o que estamos aqui a fazer e encarregamos a mente de encontrar um sentido para a vida. Ela procura, propõe alternativas e reage intensamente aos resultados. Especialmente quando eles não correspondem aos seus desejos. Cada dia que passa mais me convenço que não temos nada para fazer aqui, não há um sentido, um propósito, uma missão, um destino. Simplesmente aparecemos e existimos. Mais nada, só temos que existir...

13
Out17

Daily journal - 13/10/2017

Vida de sonho

Ontem, após a prova de vinho no final da tarde, uma ideia poderosa apareceu no meu consciente. Naquelas duas horas estive completamente absorvido na  prova, nada mais existia, algo conhecido como flow.  Acontece nos vinhos e nos meus estudos de Advaita Vedanta.

O nosso trabalho deveria incluir o estado de flow. É nesses momentos que tudo está bem e tudo bate certo. Estamos simplesmente a fazer e a ter imenso prazer com isso. Ontem recebi um mail que referia um estudo mundial que apontava para um rácio de envolvimento no trabalho de 13%. Apenas 13% das pessoas estão envolvidas, as restantes fazem um conjunto de tarefas e recebem um salário. Isto é preocupante, mas não surpreendente.

Neste ponto, a ideia do rendimento universal é muito atraente para mim. Se todas as pessoas recebessem um valor mínimo de sobrevivência teriam condições para abordar o trabalho de outra forma. Poderiam ficar no sofá alguns meses, mas depois surgiria a necessidade de fazerem algo, a nossa mente não fica quieta muito tempo, está sempre a propor-nos desejos, o mundo coloca-nos sempre propostas tentadoras. Nessa perspetiva, vejo como mais simples as pessoas acabarem por fazer algo de que gostam e contribuir para vidas mais felizes.

Enfim, sonhos...

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