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Vida de Sonho

Todos os dias temos uma decisão a tomar: o que vou fazer com a minha vida? Por aqui registo reflexões sobre essa guerra.

Vida de Sonho

31
Jan18

Bons inícios de dia

Vida de sonho

As manhãs estão bastante melhores. O despertador toca e o corpo está disponível para se levantar. Em dezembro foi muito diferente, o corpo queria descanso e foi um mês muito difícil neste capítulo. 2018 está a começar bem melhor, com o exercício a voltar com regularidade e os horários a serem cumpridos com mais facilidade. Nota positiva para a forma como o dia inicia e isso reflete-se para o resto do dia. Um arranque com rotinas cumpridas acalma a mente e tudo decorre de forma mais serena.

As viagens de metro têm sido dedicadas a observar a mente. Relaxar, fechar os olhos e observar que pensamentos  aparecem. É de grande utilidade, porque quando relaxamos aparecem pensamentos criativos, lembretes de coisas que temos para fazer. Mas é também um grande exercício espiritual, porque percebemos melhor que os pensamentos aparecem, até de forma aleatória, irracional, não somos nós que os produzimos. A ser assim, como é possível que nos identifiquemos com os pensamentos? Como é possível acharmos que "eu penso isto ou aquilo"? Em relação aos pensamentos automáticos, ao fluxo constante de pensamentos que a mente nos apresenta, acabamos por aceitar que não somos a mente (numa lógica de autoconhecimento).

Agora, quando está em causa o intelecto, quando estamos concentrados num tema e a refletir nele, já é mais difícil. Sentimos que estamos a produzir pensamentos. As escolas espirituais dizem que não, a nossa essência também não é o intelecto, este também é um objeto experienciado pelo nosso verdadeiro ser. É mais difícil sentir isto, mais difícil passar de um conceito teórico a uma realidade sentida.

 

29
Jan18

O poder da modéstia e da simplicidade

Vida de sonho

Semana com desafios profissionais. Está na altura de balanços de 2017 e hora de recolher, compilar informação de suporte a avaliações. Muitas horas a trabalhar informação de gestão pela frente.

Este fim de semana foi muito interessante. Almoços de família habituais e um jantar anual de primos no sábado. Momento muito caloroso, de encontro entre pessoas que cresceram juntas e partilham raízes comuns. Colocar conversa em dia, partilhar como vai a vida, muita diversão e reencontro. São eventos de grande significado.

Infelizmente, alguns passam por problemas complicados, não de saúde, mas no lado das relações familiares e profissionais. Essas histórias levam-me normalmente a 2 conclusões: nunca sabemos o dia de amanhã e uma vida modesta, simples, pode prevenir problemas muito sérios. Claro que também não oferece luxos e tantas coisas que o desenvolvimento da sociedade atual proporciona. Ou seja, quando corre bem não oferece tanta abundância material e reconhecimento externo; quando corre mal, as perdas não são tão graves, nem comprometem presente e futuro. Os sacrifícios de conforto material são aparentes, porque a paz, a consciência tranquila que se deita na almofada não têm preço. Mesmo o reconhecimento externo é muito nebuloso. As pessoas têm uma atitude diferente perante os mais ricos e poderosos, mas, se algo corre mal, parece que há uma inveja a alimentar um sentimento de quase satisfação pela queda. A natureza humana, egóica, é complexa, estranha, irracional. Fiquei sensibilizado com a história e também mais seguro das opções que tenho tomado, porque o que quero é paz e é algo que, neste momento, tenho.

Ricos ou pobres, poderosos ou humildes, somos humanos, dominados por estruturas mentais com base num ego frágil. Essencialmente queremos que gostem de nós, sejamos quem formos. Outra ideia importante é que se procuramos uma solução para essa fragilidade no exterior, corremos riscos muito mais elevados de perder esse suporte.

25
Jan18

A melhor alimentação

Vida de sonho

Um evento sobre alimentação trouxe o tema para o meu consciente, hoje de manhã. No grupo Paleo Descomplicado, o administrador partilhou um post de um médico com uma crítica violenta à Dieta Paleo. No passado fim de semana, em almoço de família, também se tinha falado de alimentação.

Depois de algum tempo de leitura e recolha de informação, uma conclusão é atingida com alguma facilidade. Há várias abordagens possíveis (Paleo, Mediterrânea, Vegetariana, Low carb, Cetogéncia, etc...) e para qualquer das versões temos "estudos" científicos a validar ou contrariar as suas permissas/indicações.

Assim, alguém preocupado com uma alimentação saudável só tem uma opção: efetuar as melhores escolhas possíveis, de uma forma sustentável. Se vamos à procura que a ciência ou a nutrição nos apresentem a solução final para a questão da melhor alimentação, então, procuramos algo que não existe. O que existe são abordagens alternativas, cada uma com vantagens e desvantagens.

Temos que assumir a responsabilidade pelo que ingerimos. São opções nossas e só nossas.

24
Jan18

Espiritualidade como base da vida

Vida de sonho

Semana recheada de reuniões. Não tem sido habitual, mas aos poucos começa a alargar a quantidade de temas com acompanhamento regular. Pelo meio, há que aproveitar os espaços para trabalhar e despachar tarefas. Ainda não é um caso de reunite aguda, sem valor acrescentado, mas poderemos chegar a esse ponto.

Hoje, há visita do chefe para animar o dia. Esperemos que se consiga fechar alguns temas.

Fiz o download de um livro Taoísta: Hua Hu Jing. É referido como as últimas lições de Lao Tzu (a quem é atribuído o Tao Te Ching), no entanto, parece que os primeiros registos do livro são do séc IV DC. Estou a ler uma tradução em inglês e é muito diferente do Tao. O Tao é mais críptico, mais poético, digamos. Este é muito mais direto, pormenorizado, o estilo é muito diferente. Embora diferente é extraordinário, porque os ensinamentos são empolgantes.

Temos muito que fazer na vida, mas o lado espiritual deve ser a base, deve ser a prioridade. Faz todo o sentido a iluminação ser o principal objetivo, porque só nesse momento vivemos de forma plena e verdadeira. Achamos que somos estas pessoas frágeis, que passam por dificuldades e sofrimentos vários, cuja mente recheada de medos e inseguranças dispara milhares de pensamentos e sentimentos negativos. Os místicos e importantes tradições espirituais/filosóficas dizem-nos que essa não é a nossa verdadeira natureza, que somos muito mais do que esta pessoa. Assim, apenas estabelecidos na verdade podemos viver de forma completa. Até lá, arranjamos formas de satisfazer a mente, de forma a não nos inundar de negativismo.

23
Jan18

Um dia em casa...

Vida de sonho

Ontem foi dia de ficar em casa, a fazer serviço de enfermagem à descendência. Uma conjuntivite não é grave, mas o potencial de contágio é enorme, portanto, lá tive que ficar. Felizmente a recuperação foi rápida e hoje tudo regressa ao habitual.

Foi apenas um dia, mas deu para algumas reflexões. Mais uma vez, estar em casa acaba por representar um tiro na disciplina. Desvios na alimentação, no exercício, enfim, aspetos bem instalados na rotina diária, mas que se perdem um pouco com a rutura dessa rotina. Claro que foi agradável passar tempo em família, mas o espaço individual presente no dia a dia fez falta e final do dia já foi mais difícil, com algum desgaste mental (cansaço e falta de paciência). Seria excelente ter património suficiente para nos sustentar sem ter que trabalhar, no entanto, ficar em casa também não parece ser a solução. Dedicar o nosso tempo com atividades que gostamos, isso sim, pode ser algo mais próximo da solução. E nada nos impede de ganhar um salário enquanto as fazemos.

19
Jan18

Vida profissional em flow

Vida de sonho

Por vezes temos dias de trabalho diferentes. Ontem tudo fluiu, os temas foram aparecendo e sendo tratados, sem grande stress, antes de forma natural, ao meu ritmo. Foi uma tarde em flow (conceito do livro Fluir, de Mihaly Csikszentmihalyi). As horas passam sem notarmos e simplesmente fazemos o que temos que fazer. A mente irracional está próxima de quieta, apenas o intelecto está a funcionar e a ajudar na execução das tarefas. Com o ego suspenso, a sensação de bem estar é bastante superior. São momentos a recordar, é o que devíamos ter diariamente no nosso trabalho.

Pois é, é o que deveríamos ter diariamente no nosso trabalho. E a verdade é que todos podemos ter. Podemos ter de duas formas: fazermos algo de que gostamos ou suspendermos o ego. O primeiro caso é óbvio. No segundo reside a fonte de tanta insatisfação no mundo do trabalho. O nosso ego não é muito diferente no trabalho do que é na componente não profissional. Queremos ser apreciados, valorizados, queremos ter uma opinião, queremos ter razão, queremos que as coisas aconteçam de acordo com a nossa visão. Naturalmente, quando estamos integrados numa organização há uma estrutura hierárquica, com a correspondente capacidade de decisão. Assim, quem ocupa um lugar com capacidade de decisão, decide; quem não ocupa, não decide. É claro, transparente. Exceto para o nosso ego, que não está interessado nessas invenções do intelecto.

Quando trabalhamos a esperar elogios, a criar expetativas de evoluções na carreira ou aumentos de ordenado estamos a plantar a semente do descontentamento. Esses nossos desejos podem vir a ser concretizados, mas tal não depende de nós. Assim, se eu quero ou acho que deve acontecer isto ou aquilo não implica que os decisores concordem. O timing dos decisores é que conta.

Então, como abordar o nosso dia a dia? Com uma atitude inspirada no Tao. O Tao diz-nos que o sábio faz as suas tarefas sem esperar resultados. Faz o que tem a fazer e deixa o resultado do seu trabalho seguir o seu percurso, não reclama posse. E assim estamos em flow. Há uma tarefa a fazer, fazemos. Após concluída deixamos que siga o seu percurso, desligamos e partimos para a próxima. Isto não é mecânico, não é uma abordagem tipo linha de montagem acéfala. Em cada uma fazemos o nosso melhor, mas aquele tema, aquele assunto, não é nosso. Passou por nós, demos o nosso melhor contributo e seguiu o seu caminho. Novas coisas para fazer aparecerão, aparecem sempre, é assim que o universo funciona. Em fluxo constante.

18
Jan18

Rotinas e resultados

Vida de sonho

Esta semana está a acontecer algo muito interessante. Após o período das festas, volta a rotina da hora matinal do despertador para o exercício. A meio da terceira semana cá está o efeito que tantas pessoas observam: acordo uns minutos antes do despertador. Instalada a rotina, a máquina fica afinada, programada. Não sei qual o mecanismo que coloca a mente a funcionar, mas é sensível a rotinas.

O mesmo se passa na alimentação. Os ajustes decorrem com calma, aos poucos, com pequenas melhorias de tempos a tempos. Neste momento, a grande redução na ingestão de hidratos de carbono já parece muito bem encaixada. Melhor ainda, está acompanhada de uma sensação de saciedade quase permanente. A máquina adaptou-se e encontrou um novo ponto de equilíbrio. Isto para chegar a dois pontos.

Por um lado, ter consciência que se instalarmos um hábito tempo suficiente, tanto corpo como mente se adaptam e integram no seu piloto automático. No início é necessário ter força de vontade, mas depois...

Por outro lado, se nos mantivermos nesse caminho os resultados aparecem e um novo equilíbrio acontece. O novo hábito torna-se a nossa maneira de ser e agir, portanto, há um novo equilíbrio, sentimo-nos bem com a nova realidade.

17
Jan18

O segredo está no equilíbrio

Vida de sonho

Hoje as palavras não saem... Ontem descobri um site interessante: www.holybooks.com com uma série de livros em pdf gratuitos sobre vedanta, budismo e até 2 traduções do Tao, uma delas comentada (já fiz o respetivo download).

Esta semana aconteceu um desenvolvimento importante. Depois de algum tempo mergulhado nos temas da espiritualidade, com bastante contacto com os conteúdos e interpretações bastante agressivas, acabo por chegar a um equilíbrio importante. A pessoa continua sempre até à morte do corpo. Iluminado ou não, a vida continua, logo, faz todo sentido melhorar as condições de vida e viver com significado.

O segredo está sempre no equilíbrio.

16
Jan18

Da mente II

Vida de sonho

Se não somos todos estes pensamento que aparecem sabe-se lá de onde, então, quem somos e o que estamos aqui a fazer?

Se somos esse centelha de vida, essa chama, essa faísca, uma consequência importante torna-se clara. Não somos uma pessoa (corpo/mente), que tem uma história, um percurso, opiniões, projetos, coisas para fazer, etc. Somos apenas vida, sem um destino, uma missão, algo para concretizar. Assim, toda a busca por um sentido para a nossa existência conclui pela inexistência de sentido. Existimos porque sim. Porque existe vida. E o propósito da vida é apenas existir.

Esta conclusão origina um desafio gigantesco: como viver uma vida sem propósito? Se descobríssemos a "nossa missão na vida", grande parte dos problemas estariam resolvidos, porque ocuparíamos os nossos dias a tratar dessa missão. Mas, visto que não existe, o que fazer? Resta escolher. A mente escolhe o caminho que quer seguir e toma conta do corpo, a sua ferramenta privilegiada para interagir no mundo e desenvolver as ações associadas ao caminho escolhido. O nosso ser assiste em lugar privilegiado, porque, na verdade, não faz nada. O conjunto corpo/mente, materializado no ego, na pessoa, é o protagonista.

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