Bons inícios de dia
As manhãs estão bastante melhores. O despertador toca e o corpo está disponível para se levantar. Em dezembro foi muito diferente, o corpo queria descanso e foi um mês muito difícil neste capítulo. 2018 está a começar bem melhor, com o exercício a voltar com regularidade e os horários a serem cumpridos com mais facilidade. Nota positiva para a forma como o dia inicia e isso reflete-se para o resto do dia. Um arranque com rotinas cumpridas acalma a mente e tudo decorre de forma mais serena.
As viagens de metro têm sido dedicadas a observar a mente. Relaxar, fechar os olhos e observar que pensamentos aparecem. É de grande utilidade, porque quando relaxamos aparecem pensamentos criativos, lembretes de coisas que temos para fazer. Mas é também um grande exercício espiritual, porque percebemos melhor que os pensamentos aparecem, até de forma aleatória, irracional, não somos nós que os produzimos. A ser assim, como é possível que nos identifiquemos com os pensamentos? Como é possível acharmos que "eu penso isto ou aquilo"? Em relação aos pensamentos automáticos, ao fluxo constante de pensamentos que a mente nos apresenta, acabamos por aceitar que não somos a mente (numa lógica de autoconhecimento).
Agora, quando está em causa o intelecto, quando estamos concentrados num tema e a refletir nele, já é mais difícil. Sentimos que estamos a produzir pensamentos. As escolas espirituais dizem que não, a nossa essência também não é o intelecto, este também é um objeto experienciado pelo nosso verdadeiro ser. É mais difícil sentir isto, mais difícil passar de um conceito teórico a uma realidade sentida.