O posto de ontem acabou por ser apenas uma introdução, a desenvolver agora. Este é um tema recorrente, porque acho ser o ponto crítico da nossa existência, é neste ponto que o nosso bem estar se decide.
Não me conformo em ver o ponto máximo de evolução da humanidade (pelo menos no dito mundo ocidental), corresponder ao ponto máximo de depressões, medicação, exaustão, esgotamentos e até suicídios, ou seja, infelicidade. Com base em tudo o que tenho estudado nos últimos quase 4 anos, no desenvolvimentos pessoal e na espiritualidade, o segredo, a chave, é a mente. É a forma como pensamos, como programamos a nossa mente.
Todos os seres humanos nascem integrados num sistema social, no mínimo, uma família. O sistema social Ocidental vende um modelo de vida (estudar, casar, trabalhar, família, casa, carro, férias, roupas, lazer, etc...) e quem cresce nesse ambiente é levado a crer que esse é o caminho para a felicidade. Envereda, então, por um percurso de eu quero isto, isto, isto, isto, ... Inicia, então, o que eu chamo a caçada, que mais não é do que o caminho para a infelicidade, fruto do funcionamento da nossa mente/ego. E porquê? Simples, vou só referir dois aspetos de uma questão complexa.
Para começar, a nossa mente está virada para o exterior. Assim, depois de encontrar e obter algo que deseja, o que acontece? Acontece uma fase de bem estar, satisfação, seguida da interrogação: próximo? Após conseguir algo, começa logo a pensar no próximo objetivo, no próximo troféu. Assim, entramos num ciclo vicioso, em que a satisfação de um desejo abre portas para uma satisfação temporária e a procura de algo novo, melhor.
Por outro lado, não é suficiente satisfazer esses desejos, também necessita de se enquadrar socialmente. Ou seja, há uma necessidade de comparação e essa necessidade de comparação é uma necessidade de um sentimento de superioridade face a quem nos rodeia. E o que encontramos à nossa volta? Há sempre pessoas que estão melhor, tal como há sempre pessoas que estão pior. E como funciona a nossa mente neste ponto? Desvaloriza a parte em que está melhor e valoriza a comparação desfavorável. Muito facilmente, as pessoas têm mais do que necessitam e não têm capacidade de reconhecer e sentirem-se satisfeitas com isso.
Estes são apenas 2 aspetos do funcionamento do nosso ego que se viram contra ele próprio.