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Vida de Sonho

Todos os dias temos uma decisão a tomar: o que vou fazer com a minha vida? Por aqui registo reflexões sobre essa guerra.

Vida de Sonho

30
Abr18

Dia de casamento

Vida de sonho

Ontem foi dia de casamento na família. É muito bom, revigorante, ver 2 jovens apaixonados formalizarem a vontade de construírem um vida em comum. O tempo, a experiência, o conhecimento, tornam-nos pessoas menos intensas na forma de viver a vida. Contactar com a energia, a felicidade de um casal que acredita de uma forma ainda algo ingénua no qu se chamaria contos de fadas é revigorante, desperta emoções muito agradáveis nos mais avançados na vida. De certa forma viajamos no tempo, voltamos ao período em que nós próprios fomos assim.

Por vezes parece que o saudosismo de tempos antigos está associado a essa ingenuidade, inocência. À medida que avançamos na vida, acabamos por complicá-la. Começamos a acumular bens, responsabilidades, coisas que precisamos de cuidar e gerir e que nos retiram a liberdade. Mas vamos sempre a tempo de corrigir muita coisa e ajustar o rumo. Até porque há mesmo muitas coisas boas associadas às complicações de evolução na vida. É uma questão de sermos criteriosos, sabermos o que queremos e focarmo-nos nisso.

27
Abr18

Snoke, Kylo Ren e o desenvolvimento pessoal

Vida de sonho

 

A cena acima é uma verdadeira lição sobre natureza humana, relações humanas e desenvolvimento pessoal. O mestre Snoke diz que Kylo Ren é o sonho de qualquer mestre. Mas há uma parte da intervenção que anuncia o desastre: "a new Vader". Pois é, o mestre viu um diamente, mas quis poli-lo de uma determinada forma. Assim, criou uma expetativa pessoal e lançou um modelo a seguir para o aluno. Vimos no espisódio VII que Rey leu em Kylo Ren o medo de não ser tão forte como Darth Vader, ou seja, não corresponder à expetativa do mestre. Vemos que o aluno usa uma máscara, tal como Vader usava, e chegou a pedir ajuda ao próprio avô num momento de atração pela luz.

A verdade é que Ben Solo não é Anakin, Kylo Ren não é Darth Vader. É ele próprio, com a sua história, o seu percurso, as suas inseguranças, com pais e sem uma paixão arrebatadora (que provocou a mudança em Anakin). E Snoke não olhou para o seu diamante e avaliou o seu potencial individual, não o acompanhou na sua própria evolução. Utilizou a sua posição de mestre para instrumentalizar o aluno, no entanto, isso tornou-se demasiado evidente e Ben Solo percebeu que tinha que seguir o seu caminho. Snoke terá pago o preço máximo por isso.

Conclusão, todos temos o nosso próprio caminho a seguir. A solução não passa por modelos externos, o que a sociedade, pais, professores ou amigos nos "vendem". Todos somos diamantes, mas não para sermos polidos por uma mestre joalheiro. Somos diamantes que precisam da ajuda de quem nos queira ajudar a seguir a nossa individualidade, a percorrer o nosso próprio caminho

 

26
Abr18

O corpo como um filho

Vida de sonho

Ontem foi feriado e um dia muito agradável. A criançada deixou-me dormir mais um pouco, saímos para um cafezinho no final da manhã, tudo sereno e bem disposto. Os encontros sociais acabaram por me proporcionar um almoço e uma tarde solitários, em casa.

Revelou-se excelente, porque consegui fazer algumas coisas com significado. Um excelente almoço, sopa, omelete e uma excelente salada; entregar o IRS da sogra; ver uma palestra de Swami Sarvpriyananda (The Secret of the 5 Sheaths); atualizar as finanças do clube; fazer umas pequenas arrumações e ainda deu para uma boa meditação. Aconteceu o tal equilíbrio entre as responsabilidades e o lazer, bem como, neste caso, o trabalho espiritual.

No decorrer da palestra, uma ideia muito interesse materializou-se no meu consciente. Devemos olhar para o corpo como um filho. É função da mente, do ego, cuidar do corpo. Este necessita alimento, abrigo, roupa, tratamento se adoecer, descanso, exercício, etc. É nossa responsabilidade cuidar dele, quase que como cuidar de um filho. É uma ideia muito estranha, porque temos tendência para sentir que somos o corpo tanto como somos a mente. Mas a verdade é que não. Mesmo numa visão materialista, o corpo é um aglomerado, no mínimo, é um jardim zoológico de bactérias. E não forma um conjunto coeso com a mente. Por exemplo, o exercício é saudável, muito importante para o corpo. Ora a mente prefere, tantas vezes, uma boa sessão de televisão no sofá. Sabemos bem que os doces são prejudiciais ao nosso corpo. Vamos negar o prazer que os doces proporcionam? Esse prazer não é o corpo que o sente, mas sim a mente. É uma sensação que a mente associa a algo positivo. Curiosamente, algum tempo depois, li este testemunho do Miguel Araújo, músico, sobre o impacto da alimentação na sua saúde e na sua carreira.

Um feriado relaxado, com tarefas feitas, reflexões e família. Excelente, um tipo de dia raro nos últimos anos, mas que me faz muito bem.

24
Abr18

Lazer vs obrigações

Vida de sonho

Um dos aspetos comuns a quase toda a gente é gostar de lazer. Num dia de sol, um passeio ou um café numa esplanada é muito mais agradável do que arrumar as roupas; ir ao cinema é globalmente preferível a limpar o pó; um jantar com amigos é melhor programa do que fazer jantar e arrumar a cozinha. Estar de férias é bem melhor do que ir trabalhar.

Com isto criamos padrões mentais que acabam por associar lazer a sentimentos positivos e trabalho (profissional ou doméstico) a sentimentos menos positivos. Naturalmente, temos tendência a preferir fazer o que cria sentimentos positivos. Mas esta moeda tem duas faces, as coisas não são assim tão lineares. Nós desempenhamos papéis para os quais fomos formatados. Enquanto pais temos certas obrigações (cuidar do lar, alimentar, cuidar da saúde, etc...), tal como enquanto profissionais (fazer tarefas, assumir responsabilidades, gerir clientes, etc...). Quando a balança inclina apenas para o lado do lazer e as obrigações são descuradas entramos num desequilíbrio. E esse desequilíbrio pode não trazer satisfação, porque o não cumprimento das nossas obrigações também origina um sentimento de desconforto, de falha. Se não desempenharmos bem o nosso papel não estaremos bem, logo, os próprios momentos de lazer têm um efeito muito limitado.

Podemos, então, entrar num ciclo vicioso. Não nos sentimos bem, logo procuramos atividades associadas a sentimentos positivos e descuramos as restantes. Ao descurar as restantes não nos sentimos bem e procuramos atividades que nos façam sentir bem. Nesta situação particular não há qualquer dúvida sobre como quebrar o ciclo vicioso: cumprir as nossas obrigações, o que nos dará um sentimento de dever cumprido. Sobra sempre tempo para momentos de lazer, que serão ainda mais positivos.

20
Abr18

Fugir, não. Fazer!

Vida de sonho

O dia começou com pensamentos sobre meditação e espiritualidade. Estava a pensar como o equilíbrio ajuda no processo, como cumprir as nossas obrigações familiares e profissionais resulta num sentimento de satisfação e dever... cumprido. Isto acalma a mente, o turbilhão de pensamentos e sentimentos aparecem com intensidade emocional reduzida e o nosso ser consegue manifestar-se. Ele está sempre lá, sereno, disponível, mas a turbulência da mente atrai a nossa atenção e acabamos por seguir o fluxo de pensamentos. Estava a pensar, então, como fugir do mundo, da sociedade, não é solução para quem trabalha o lado espiritual. Se fugirmos com "coisas" por fazer ou mal resolvidas a mente trata de as trazer para o nosso consciente e com forte carga emocional associada. Lá se vai a serenidade para o trabalho interior. Sinto que fazer o que temos que fazer é um meio para um estado interior mais calmo, equilibrado.

Entretanto abro o mail e tenho uma mensagem genial de Robin Sharma (mailing list). Inspirador, motivador, excelente.

Que bom início de dia, muito positivo e cheio de energia.

19
Abr18

Atrasei-me, portanto...

Vida de sonho

Hoje atrasei-me nos preparativos matinais, mais logo tenho jantar vínico mensal e tenho temas para fechar no trabalho. Sobra pouco tempo para escrever uma linhas sobre o que me passa pela mente. Este espaço também serve para isso, para clarificar ideias. Quando escrevemos sobre o que pensamos e sentimos, tudo fica mais claro e organizado no nosso interior. A mente fica mais calma.

18
Abr18

Reações mentais à mudança

Vida de sonho

Uma mudança no horizonte é sempre uma boa oportunidade para observarmos a nossa reação. Se estivermos atentos, observadores, conseguimos identificar como estamos presos à zona de conforto e como a nossa mente dispara pensamentos e sentimentos de medo.

Poderei estar mais dias longe da família. O processo de autoconhecimento ganha algo com isso, porque terei mais tempo para mim e para aprofundar o processo. Mas logo as desvantagens aparecem, bem como os conflitos de identidade. Penso em quem fica, que tem que assumir toda a gestão familiar, incluindo duas filhas pequenas. Será que vai gerar afastamento na relação? Quer com o cônjuge, quer com a descendência. Esse afastamento poderá atingir dimensões de rutura? Enfim, os filmes, os medos normais que a imaginação nos coloca. Tudo isto é imaginação, tudo isto são receios de um futuro que poderá não se tornar realidade.

As questões de identidade são também poderosas. Um dos objetivos de vida foi ter um lar estável e estar presente. Ter as semanas partidas vai quebrar a presença diária. Curiosamente, este aspeto é menos intenso. Na verdade, estando presente nos restantes dias não se deixa de acompanhar a famíliar, o crescimento e ajudar nas questões que se levantem.

Tudo isto se passa na nossa cabeça, na nossa mente. E tudo isto é fantasia, imaginação. A verdade é que nada disto está acontecer, não faz parte da minha realidade diária. Embora possa vir a acontecer, até lá são pensamentos que não ajudam, antes prejudicam o que está mesmo acontecer, impactam de forma negativa no que é preciso fazer. Na realidade.

17
Abr18

Nascemos para voar

Vida de sonho

A ideia do dia é: nascemos para voar, mas amarramos as nossas próprias asas com medos e inseguranças. Certamente já contactámos com algo parecido, expresso de forma mais ou menos semelhante. Mas esta ideia, hoje, não surgiu de leituras, antes da minha própria experiência.

Avizinham-se mudanças profissionais. Vai ser mais duro no lado familiar, mas com potencial de evolução. A verdade é que a mente acaba por privilegiar o foco nos aspetos mais desafiantes face ao potencial positivo. E essa é uma reação de medo. De mudar, abanar o status quo, colocar em causa parte da zona de conforto. Mas mais fundo do que a mente está uma fonte de vida que quer viver, experimentar, expressar-se, crescer, expandir.

Digo que nascemos para voar, porque esta fonte de vida, esta "bateria" que todos os dias nos dá força, quer expandir, quer crescer, quer evoluir. Digo que amarramos as nossas próprias asas, porque é a nossa própria mente que cria obstáculos, que se foca nos desafios, que tem medo da mudança. O mundo, as outras pessoas, querem exemplos a seguir, modelos inspiradores. Mas o nosso pequeno e inseguro ego bloqueia, com os seus esquemas mentais fictícios, que apenas existem nele próprio.

Vamos lá abraçar a vida e permitir que esta manifestação de vida se expanda, cresça.

16
Abr18

Sucesso necessita repetição

Vida de sonho

A vida não é assim tão complicada, nós (mais precisamente a nossa mente, os nossos pensamentos) é que complicamos. Um dos principais segredos para o sucesso é a repetição, uma rotina de atividades.

Se queremos ser bons pais, dia após dia, necessitamos cuidar da descendência. Todos os dias tratar de refeições, higiene, roupa, etc... Todos os dias os ouvir e acompanhar a sua evolução física e emocional. E não é complicado, apenas é preciso que tal aconteça dia a dia.

Nas nossas relações, dia a dia, apoiar, ouvir, suportar, considerar as necessidades do outro e não só as nossas.

No trabalho, ainda mais fácil. Trata-se, na maior parte da vezes, de executar tarefas. Então, há que executá-las. Quanto maior o empenho, a entrega, melhores os resultados e, potencialmente, melhor a evolução profissional. Dia após dia, tentando fazer um pouco melhor de cada vez.

Não, não é assim tão difícil, tão complicado. Esta rotina, esta repetição, que tanto aborrece uma mente sempre à procura de novidades, é indispensável para o sucesso nas áreas mais importantes da nossa vida. Sim, porque esses aspetos vão acompanhar-nos ao longo de anos.

12
Abr18

Uma ideia poderosa

Vida de sonho

Mais um dia a iniciar calmo e sereno. É muito bom sentir esta calma, tal como é muito bom identificar os motivos dessa calma. Esta calma tem origem no dia anterior, em que consegui fazer aquelas pequenas coisas que nos propomos, em casa e no trabalho. Ou seja, um dia produtivo no trabalho e tarefas/responsabilidades domésticas também concretizadas.

Isto originou uma reflexão interessante, ou, sendo mais preciso, o reforçar de algumas ideias. Em primeiro lugar, temos que aceitar as consequências das nossas decisões com serenidade. Especificando: se constituimos família, temos casa e pessoas para cuidar. Isto dá trabalho e retira tempo de lazer ou simplesmente de sofá. Não adianta dar crédito à vozinha interior que reclama e se vitimiza por esta carga de trabalhos. Vamos fazer o que temos que fazer, assumir as responsabilidades e atuar em conformidade. Depois de concluirmos as nossas tarefas, a vozinha vai estar calada, não vai reclamar. Vamos ter uma sensação de satisfação, de dever cumprido, de capacidade de realização (eu sou capaz!).

Estendendo à vida em geral, chegamos ao tema da aceitação. Fruto das nossas escolhas, das pessoas que nos rodeiam, de diversos fatores, vivemos sob determinadas circunstâncias (temos ou não saúde, sozinhos ou com família, empregados ou desempregados, etc...). Isto implica que tenhamos deveres a cumprir. Então, façamos o que temos que fazer. O ego vai sempre sonhar com uma vida perfeita: saúde, família, dinheiro, tudo o que a imaginação conseguir produzir, mas isso não é a nossa realidade. Vamos enfrentar a nossa realidade, viver o nosso dia a dia e depois de tudo feito, então sim, vamos sonhar. E sonhar é importante, porque está nas nossas mãos construir e tornar esses sonhos realidade.

Mas há aqui uma ideia poderosa: é a nossa capacidade de realização no presente que nos fará acreditar que conseguiremos tornar os sonhos realidade. A ideia é tão poderosa que nem vou escrever mais.

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