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Vida de Sonho

Todos os dias temos uma decisão a tomar: o que vou fazer com a minha vida? Por aqui registo reflexões sobre essa guerra.

Vida de Sonho

29
Mai18

Final de dia

Vida de sonho

De novo fora de casa, na lounge do hotel a escrever umas linhas antes do descanso. Quando me sentei coloquei os auriculares para isolar o ruído do exterior. E o que vou ouvir? Bem, o dia foi longo e queria algo leve e pacífico, porque a mente precisa de descanso.

Lembrei-me então do audiobook do Ashtavakra Guita, um livro de Advaita Vedanta. Ouvi-lo origina essa sensação de leveza e paz. É um dos livros mais profundos, dado termos a mensagem transmitida de forma crua e nua. Não é pedagógico ou filosófico, é um relato objetivo, factual. Não é fácil, mas quando começamos a perceber, a mensagem e a voz suave do narrador levam-nos para um estado de espírito pacífico.

Num livro profundo também podemos encontrar leveza.

28
Mai18

Resultados e personalidade

Vida de sonho

Fim de semana muito social, almoços e jantares com família e amigos. Enfim, uma festa. Para mim foi de mais. Por muito agradável que seja, o meu tempo de paz e sossego é fundamental para uma recuperação do desgaste da semana. Ao final da tarde de ontem acabei por ir correr para desanuviar. Após a corrida, em descompressão, surgiu uma reflexão interessante.

Os nossos resultados são o desfecho das ações que realizamos de forma consistente ao longo do tempo. Mesmo coisas simples, pequenas, mas feitas de forma consistente originam resultados. É uma ideia da área do desenvolvimento pessoal que não gera muitas dúvidas.

Quando isso acontece, criamos hábitos, a nossa mente integra essas ações, quase que automatiza. Neste ponto é que surgiu uma nova ideia. Quando a mente automatiza, significa que o ego atribuiu algum peso de identidade a esses hábitos, ou seja, passaram a fazer parte da nossa personalidade.

Sendo assim, se aplicarmos lógia ao tema, a nossa vida revela e resulta da nossa personalidade.

25
Mai18

No mínimo, não sabemos

Vida de sonho

Há inícios de dia mais filosóficos do que outros. As questões sobre a origem do universo, o que nos rodeia e a nossa própria existência surgem com maior intensidade. São pensamentos que colocam em causa tudo o que fazemos.

Esta pessoa que está a escrever é possivelmente uma ilusão. Se do lado místico e filosófico esta ideia não é nova nem revolucionária, o mesmo já não se passa no lado da ciência. Quando vemos pessoas como Sam Harris a afirmar que o eu é uma ilusão, as consequências são fortes. Num vídeo deste neurocientista ouvimo-lo dizer que embora tenhamos a sensação de o nosso eu estar algures no cérebro, a verdade é que não há qualquer lugar no cérebro onde estejamos.

O cérebro é uma ferramenta que receciona e interpreta sinais elétricos. Depois há uma entidade que observa, experiencia o resultado do trabalho do cérebro. Essa entidade subjetiva ainda não foi identificada pela ciência. Não sabemos o que receciona todos os inputs do cérebro e da toda a rede a ele ligada.

As perguntas fundamentais continuam sem resposta. Como é possível termos uma vida completa sem essas respostas? Se não sabemos o que somos ou quem somos, toda a nossa "existência" acontece sobre uma base frágil como vidro. No mínimo, não sabemos. No máximo, estamos a viver algo artificial, a pessoa que achamos que somos é algo artificial.

 

24
Mai18

Tudo bem? Tudo. Estará mesmo?

Vida de sonho

Quantas vezes não iniciamos uma saudação com "bom dia, tudo bem?" e quantas vezes a resposta é "bom dia, está tudo bem".

A verdade é que naquele momento está tudo bem. Estejamos em casa, no trabalho, num café, nos transportes públicos, etc... No preciso momento em que essa conversa ocorre está tudo bem. Há um sentimento de alegria, satisfação que acontece por encontrarmos alguém e o cumprimentarmos. OK, isto também pode acontecer com alguém cuja companhia não seja assim tão satisfatória.

Imaginemos que 3 segundos depois começamos a pensar. Eu disse que está tudo bem, mas estará mesmo? Quando isto acontece, o caldo fica logo entornado. Porquê? Simples, porque a nossa mente encontra sempre algo que não está bem. Está programada para isso.

Tudo pode estar bem quando a mente está desligada. Acontece quando dormimos, quando estamos vidrados na televisão ou no telemóvel ou nos tablets. A indústria do entretenimento tem a dimensão que tem, porque tem esse enorme contributo para a sociedade: desvia a nossa atenção dos pensamentos e permite que uma sensação de bem estar se instale. No nosso modelo civilizacional ocidental, onde valorizamos a razão e o intelecto, chamamos a isto alienação; mas por algum motivo milhões de pessoas o fazem. Porque as faz sentir bem, ao contrário dos seus próprios pensamentos.

23
Mai18

Sem matéria, mas por uma boa causa

Vida de sonho

A viagem matinal de metro foi muito serena, entre momentos a dormir e de meditação calma e profunda. Depois, uma caminhada calma até ao local de trabalho. Resultado: mente calma, relaxada, pouco sobre o que escrever. Mas por uma boa causa, talvez a melhor possível.

Agora vamos ao trabalho, dia com o recheio do costume: reuniões de acompanhamento de projetos, conversas sobre temas específicos e muitos mails.

22
Mai18

Temos sempre uma opção

Vida de sonho

Ontem foi um dia muito complicado no trabalho. Conversa difícil com o chefe, muito pouco positiva. Quer queiramos, quer não, o trabalho é uma parte muito importante da nossa vida e causa bastante impacto.

Naturalmente, os pensamentos e sentimentos que se manifestaram foram intensamente negativos. Faz parte, a vida vai sempre apresentar-nos momento bons e momentos duros. Durante umas horas convivi com esses sentimentos, não tentei suprimi-los. Também não conseguiria, porque a elevada intensidade com que se manifestavam não o permitia. Não há qualquer problema com essa turbulência, na prática não conseguimos evitar que pensamentos ou sentimentos apareçam. Mais tarde, uma conversa conjugal sobre o tema também contribuiu para aliviar a pressão emocional. O ponto final foi uma noite de sono. E dormi como qualquer outra noite.

A diferença ocorreu hoje de manhã. E a diferença apareceu com a ajuda de todas as horas que dediquei à área do desenvolvimento pessoal. Lembrei-me da fórmula de Jack Canfield, que nos diz que o resultado final é igual ao evento + a nossa reação. Tinha uma decisão a tomar: ia permitir que uma situação no trabalho comprometesse o meu bem estar? Claro que não. Quando estamos conscientes dos sentimentos e pensamentos que aparecem, conseguimos dar-lhes atenção e deixá-los que nos dominem ou identificá-los e deixá-los ir e vir.

Quem não está dentro destes temas da espiritualidade e desenvolvimento pessoal não percebe o quanto está nas nossas mãos permitir que estes turbilhões nos dominem por muito tempo. Eles aparecem, é inevitável, não está no nosso controlo. Mas temos sempre uma opção: alimentá-los ou deixá-los ir e vir.

21
Mai18

A diferença da proximidade

Vida de sonho

Após metade da semana mais próximo do "poder", regresso por alguns dias à base. Não aconteceu nada que não soubesse, mas é diferente ter uma dedução lógica de passar pela experiência. Nas sedes, sabemos que está a maioria das equipas, o que ajuda nos temas que envolvem várias áreas; por outro lado, a proximidade da equipa de gestão implica que a dinâmica seja mais próxima da pretendida pelo órgão decisor da organização.

Na prática, a experiência mostrou isso mesmo. Numa reunião com a presença de elementos da equipa de gestão, senti a dinâmica própria desses fóruns e a responsabilidade no que se apresenta à equipa de gestão, já que decisões com impacto na organização podem ser tomadas com base nessa informação.

Por outro lado, alguns contactos com colegas de outras áreas permitiram avançar alguns temas. A tecnologia aproxima-nos, mas ainda não é a mesma coisa falar com alguém com quem nos cruzamos no corredor ou fazer o telefonema.

Há coisas que fazem a diferença e a proximidade ainda é uma delas.

 

16
Mai18

Sentimentos contraditórios

Vida de sonho

Deslocação a Lisboa para resolver vários assunto profissionais. Primeira viagem de muitas, porque novos desafios vão implicar presença mais assídua na capital.

Naturalmente, estas situações originam sentimentos contraditórios. Novos desafios são oportunidades de crescimento, evolução, aprendizagem. Também geram dúvidas sobre se o que nos espera é o sucesso. Mais forte é olhar para a frente e ver muitos dias longe de casa, da família. Enfim, sentimentos comuns a tantas pessoas que necessitam repartir a sua vida em termos geográficos.

Neste altura, os sentimentos contraditórios ainda estão muito ativos, acredito que só após uns meses a nova dinâmica esteja estabilizada e possa fazer um balanço e perceber os reais impactos desta mudança. Estou convencido que os resultados profissionais serão positivos, espero que o impacto na vida familiar seja acomodável.

Vamos dar tempo ao tempo.

15
Mai18

Sam Harris - espiritualidade sem religião

Vida de sonho

Ontem vi um pequeno vídeo de Sam Harris sobre a ilusão do eu. Este norte-americano é um homem de ciência e tem uma posição muito crítica sobre a religião. Será até, provavelmente, ateu. Isso não o impede, no entanto, de olhar para o trabalho da ciência com a mente aberta e tirar conclusões. Neste breve vídeo, ele fala sobre a ilusão da existência de um eu. Em nenhum lado do corpo existe uma cantinho onde está este eu, esta pessoa que experiencia a vida. Gostei muito de o ouvir, porque não é por se ter a ciência como base que se tenha que ser dogmático. Foi muito interessante. Tem até um livro sobre uma abordagem espiritual racional ou sem religião (chama-se Despertar).

Eu sempre separei Deus das religiões. Uma coisa é uma organização humana, que segue crenças, executa rituais, enfim, que tem uma agenda; outra coisa é a existência de uma entidade que criou tudo o que experienciamos (incluindo nós próprios, em consequência - nós enquanto seres humanos). E a verdade é que não temos provas que Deus existe, nem que nõ existe. Digamos que vivemos em crença, sim (crente), não (ateu), talvez (agnóstico). Só místicos apresentam relatos de um contacto com Deus ou Alá ou Brahman ou Tao ou grande espírito, conforme a origem. No entanto, essas experiências são interiores, ou seja, não há sinais exteriores de que essa pessoa teve/tem essa experiência (a não ser estado meditativos profundos, etc...). Continuamos a depender em acreditar no relato dessas pessoas. A alternativa é fazermos o mesmo percurso e, quem sabe, algo acontece.

Assim, o mistério continua, a vida continua...

14
Mai18

Um percurso alimentar saudável

Vida de sonho

Na passada sexta-feira, o programa prova oral entrevistou Joana Moura, que editou um livro sobre alimentação saudável e tem um percurso de anos nesta área. A minha mulher ouviu a entrevista e sentiu uma empatia muito interessante pela história da entrevistada.

Fiquei muito contente com isso, porque é mais um contributo para uma melhoria na forma como nos tratamos. Referiu com especial intensidade a questão dos hidratos de carbono e a aditividade do açúcar. O açúcar vicia. Já levo uns humildes 3 anos de cuidados alimentares e na fase inicial chamava veneno ao açúcar, o que originava algumas reações trocistas dos mais próximos. É naturalmente um exagero, mas é uma imagem poderosa da realidade. O hidratos são metabolizados em açúcar, daí os cuidados que devemos ter com este macronutriente. Falou também de outros conteúdos da entrevista que me fizeram lembrar o meu percurso.

Foi muito engraçado, porque permitiu-me olhar para trás e rever. Iniciei com a análise de macronutrientes e as quantidades de calorias, portanto, o que comia e quantidades. Depois, passei por uma fase mais fit, com redução de hidratos e mais peso de proteína e gorduras. Isso levou-me a ter bastante afinidade com a abordagem Paleo, mas flexível, porque, felizmente, sou saudável e não tenho excesso de peso, portanto, não é necessário abordar o tema com grande rigidez. A partir daqui inicia-se uma fase de aperfeiçoamento: comecei a olhar para o equilíbrio ácido vs alcalino e para o tema da inflamação. É um percurso que se faz por fases, passo a passo, procurando manter níveis de saciedade e equilíbrio sustentáveis. Na semana passada, passei os 5 dias úteis sem glúten. Não foi difícil, porque já tinha cortado a massa, pouco pão comia, portanto, foi só controlar o snack das bolachas.

Sou um entusiasta de uma alimentação de excelência, pelo único motivo possível: os resultados. Tive os resultados esperados e algumas melhorias além do esperado (por exemplo, rinite alérgica). Este fim de semana tive festas de aniversário e não deixei de comer bolo e até um gelado. É tudo uma questão de equilíbrio e determinação mental. A mente lidera o processo.

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