Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Vida de Sonho

Todos os dias temos uma decisão a tomar: o que vou fazer com a minha vida? Por aqui registo reflexões sobre essa guerra.

Vida de Sonho

29
Jun18

Folga

Vida de sonho

Ontem aconteceu algo raro: a descendência não dormiu em casa. Claro que ao final da tarde tivemos que dar umas voltas e acabamos por jantar por volta das 22h00. Mas não foi problemático, porque conseguimos conversar sem interrupções, algo especialmente importante para a minha mulher (algo muito importante para uma comunicação eficaz). Depois, "aterro" suave no sofá, sereno e relaxado.

As últimas semanas têm sido muito intensas e com menos horas de sono. Esta janela permitiu algumas horas mais zen. Os filhos são algo de fundamental importância na nossa vida, mas ter uma folga pontual é muito saudável. Acredito que quando se toma a decisão sobre paternidade não estamos verdadeiramente conscientes do que nos espera, do que "nos estamos a meter". Avança-se e depois leva-se a vida da melhor forma, com muitas alegrias e outros tantos desafios. A forma como gerimos interiormente essas emoções determina se a experiência pode ser melhor ou pior.

28
Jun18

Mais um episódio

Vida de sonho

Hoje tenho mais um episódio da nova etapa profissional: comunicação às equipas da mudança. Eu gosto de mudanças no trabalho, aprender coisas novas e aplicar nas novas funções o que aprendi nas anteriores. Estou motivado, com espírito positivo para o que vem aí.

Coordenar 15 pessoas é algo de desafiante. Não sendo especialista na área, tenho que ver como as minhas valências podem ajudar a melhorar o desempenho, mas também ajudar as pessoas na sua evolução e simplificação dos processos e sistemas. Tem que ser pelas melhorias, coaching e interação com outras áreas. Abrir a Unidade à empresa. É muito bonito nas intenções, vamos ver na prática como será possível fazê-lo.

27
Jun18

Vida "pesada"

Vida de sonho

O processo de autoconhecimento não está isento de riscos. Por um lado, "olhar para dentro" obriga-nos a enfrentar o nosso lado negro (todos temos os nossos defeitos, características que gostamos menos - hei-de escrever sobre esta ideia); por outro, se o nosso caminho, o que queremos da vida, fica mais claro, há aspetos da realidade atual que vão perder protagonismo.

A minha experiência está a ser um pouco diferente. Fiz o que é suposto fazer, o que me ensinaram: estudar, trabalhar, constituir família, procurar um determinado estilo de vida. Vejo agora, sem dúvida, que me deixei levar, que não refleti profundamente no que queria da vida, não fiz a análise interior que devia.

Sempre tive uma atração pelo Budismo e até pelos ascetas. Mas fui criado no Ocidente, numa família Católica, portanto, sempre olhei para essa inclinação como uma curiosidade. Se me perguntassem, atualmente, o que teria sido noutra encarnação (na hipótese teórica de reencarnações acontecerem), responderia que já teria iniciado o caminho da espiritualidade. A minha maior inclinação para dentro (introspeção) do que para fora (social), bem como um lado de reflexão e procura de sentido, indiciam-no.

O que acontece agora é sentir que tenho uma vida muito pesada. A carga do trabalho, casa, família, atividades sociais, etc... manifesta-se excessiva face ao estilo que pretendo. Esta é a grande motivação para um processo de simplificação, caminhar para o estilo de vida que desejo. Por enquanto, estou a trabalhar na componente doméstica, mas chegará a hora de olhar para o trabalho e aí decisões difíceis terão que ser tomadas.

 

26
Jun18

Vidrar na televisão

Vida de sonho

É um bocado estúpido, mas merece registo. A vida anda agitada: festas, aniversários, trabalho, arrumações domésticas, enfim, muita atividade e menos descanso. Sendo assim, faria sentido deitar-me cedo para descansar o mais possível. Faria sentido, mas depois de deitar a descendência, acabamos por relaxar um bocado no sofá e fico vidrado na televisão (a novel atual é a Anatomia de Grey).

Isto não é novidade, nem diferente de muita gente. Já nos tempos de estudante tudo era mais interessante do que estudar, a imaginação não tinha limite quanto a alternativas para ocupar o tempo. Mas agora, 20 anos mais tarde, acontecer o mesmo é caricato.

O ponto acaba por ser: porquê? É uma decisão irracional. Se seguisse a razão apagava a televisão e dormia; mas não, há algo que se sobrepõe à razão. Já tenho pensado no motivo por que a televisão e os smartphones prendem tanto as pessoas. Parece-me que apelam a uma parte de nós para além de mente, ou seja, quanto estamos vidrados nos ecrãs, a mente "desliga" e descansamos um pouco deste fluxo contínuo de pensamentos, tantas vezes negativos e autocríticos. A expressão desligar o cérebro acaba por ter conotação positiva, porque descansamos da nossa própria mente.

É um tema que merece ser aprofundado, porque é central no processo de autoconhecimento.

25
Jun18

A fatura

Vida de sonho

Fim de semana muito intenso, dadas as festas de S. João. Mas não só, a organização doméstica inspirada no minimalismo continua e ontem lá demos mais um passo. Vamos ver se até ao final do verão se revoluciona as coisas. Ontem foi dia de pegar em roupas, livros e parte dos brinquedos da descendência. Não é fácil deitar livros fora, portanto, foram metodicamente arrumados numa prateleira de armário. A parte dos brinquedos já é mais fácil, porque o excesso é tal que parece impossível alguma vez ficarmos com poucos. É impressionante.

Mas a fatura aparece sempre e esta segunda-feira começo menos descansado do que o habitual. Enfim, foi por uma boa causa, mas mais uma ou duas horas de sono seriam muito bem vindas.

22
Jun18

Fases da vida

Vida de sonho

Noite curta, dia difícil pela frente. Ontem foi dia de festejar a conclusão do 4º ano da mais velha. Os alunos fizeram uma representação com canções pelo meio, muito divertida e engraçada. Os professores já conseguem fazer um trabalho bem interessante nesta idade. Foram disciplinados, as letras das canções bem decoradas, tal como as falas. Que bem!

As diversas fases da vida começam a aparecer. Para as crianças e para os pais das crianças. No início de vida, os filhos são muito dependentes dos pais, solicitam-nos muito e dão muito trabalho (em termos de cuidados). À medida que o tempo passa, ficam mais autónomos, em ambos os aspetos. Isto gera um desafio para os pais: o que fazer quando a absorção dos filhos abranda ou termina.

Não estou nessa fase, ainda falta uma boa meia-dúzia de anos. De qualquer forma, não prevejo problemas, porque o meu trabalho em mim prórpio poderá ser muito absorvente para os tempos livres. Atualmente falta-me tempo, o futuro logo se verá, porque de um momento para o outro tudo muda.

21
Jun18

Paternidade e individualidade

Vida de sonho

Hoje, vai tornar-se realidade uma das decisões mais egoístas que tomei. É dia de festa final de ano na escola, seguida de um jantar convívio pais/alunos/professores. Vou ver a festa da criançada, mas o meu jantar será vínico com os meus compinchas (onde tenho, também, algumas responsabildiades).

É de esperar que os filhos sejam uma prioridade e portanto um bom pai iria ao jantar convívio da escola e sacrificaria o seu evento de lazer por uma questão de prioridades. Pois bem, tal não aconteceu.

Por um lado, entendo que é um exagero. A escola dinamiza a festa ao final da tarde, o que é muito engraçado. Os miúdos fazem representações, cantam e etc... Estimula a criatividade e o à vontade de fazer coisas em público. Depois, os pais "inventaram" um jantar convívio, dado ser o 4º ano. Mais trabalho, mais dinheiro gasto, enfim, na minha opinião complicar. Mas não censuro, se as pessoas têm tempo e dinheiro para isso, força. O ponto é que não sinto obrigação de participar.

Se houve algo que aprendi a certa altura da paternidade é que a nossa individualidade não pode desaparecer. Ter filhos implica assumir responsabilidades. Na base, garantir alimentação, teto, cuidados de saúde e vestuário. Depois, trabalhar a relação, amar, apoiar, acarinhar, proporcionar o melhor ambiente familiar possível. Depois, assegurar o lado social, educar e garantir formação académica. Para fazer bem isto não precisamos de dissolver a nossa existência no papel de pais. Por um lado, iríamos estar num desequilíbrio interior dificultador de um correto cumprimento desse papel; por outro, também devemos dar o exemplo de que os pais não existem apenas para tratar deles, os pais também têm uma existência individual.

O segredo do unverso é o equilíbrio e também no aspeto com maior carga emocional da vida humana (paternidade / maternidade) não deve faltar.

20
Jun18

O grande desafio

Vida de sonho

A novela lá de casa é a Anatomia de Grey, que passa na Fox Life. Estão a repetir todos os episódios e ontem vi um da série 5. Viviam dias difíceis, com perdas de doentes e atos médicos com que não se sentiam confortáveis. Eles próprios questionavam o sentido da sua atividade, porque, no final, toda a gente morre.

Por muitas vidas que salvem, cada perda tem um peso mental desproporcional. Também eles necessitam todos os dias encontrar um sentido para a sua profissão, para a sua vida. Esse é o grande desafio para os seres humanos: conscientes que não passamos de um grão de pó numa existência virtualmente infinita e que o nosso tempo está contado, encontrar uma forma de encarar a vida, dar um sentido à nossa existência.

Não há respostas para isto. Cada um tem que escolher o seu caminho, tomar as suas decisões e fazer o seu melhor. Ao mesmo, tempo ouvir o feedback do corpo e da mente pode ajudar a perceber se estamos no caminho certo. Devemos é não dar tanta importância às pequenas coisas, porque não somos nada importantes (enquanto pessoas), devemos viver a vida com leveza e descontração, porque o fim está já ali.

19
Jun18

Quiet desperation

Vida de sonho

Está a tornar-se recorrente, a mente apresenta pensamentos aleatórios de todos os tipos. Se são positivos tudo normal, quando são menos agradáveis torna-se mais complicado. Mais complicado, porque sentimo-nos mais afetados em termos emocionais, parece que a intensidade é maior.

A insegurança estrutural do ego será o grande catalizador dessa sensação. O mais curioso é observar como tem tendência para imaginar o que fizemos de errado, o que se calhar fizemos errado, o que os outros podem achar que fizemos errado, como que a procurar uma culpabilização e autorresponsabilização pelo sentimento negativo experienciado. Vejo esta reação em várias pessoas, pelo que tudo aponta para ser uma característica estrutural.

Quando me acontece, vou sempre ter às mesmas questões. Por que motivo se comporta desta forma? Por que motivo existe este lado algo masoquista? Quando estas questões surgem já estou numa situação de observador, ou seja, já está colocada distância entre o eu e os pensamentos/sentimentos. A verdade é que o que me leva a ter esta perceção resulta de um trabalho na área da espiritualidade que, no nosso país, não é generalizada. Acabo por concluir que a maioria das pessoas é prisioneira da sua mente (eu não deixo de ser...) e destes comportamentos autopunitivos, tantas vezes sem fundamento.

Quando olho à minha volta, encontro pessoas que manifestam o seu mal estar e outras que raramente o fazem. Considerando a reflexão acima, sou tentado a pensar que a maioria das pessoas vive num estado de sofrimento interior solitário, lembra-me a expressão britânica quiet desperation...

14
Jun18

Há dias assim

Vida de sonho

Bem, quarto de hotel em Lisboa... Reuniões e trabalho de casa encomendado pela administração. Nos primeiros momentos, a adrenalina e o ego dão um "pico" de entusiasmo, mas...

Passaram umas horas, a componente criativa está adiantada e o chefe colocou alguma água na fervura (neste caso, um efeito positivo). De repente voltei aos tempos de estudante, onde tudo ganha um interesse brutal, qualquer coisa que não o que tenho para fazer. Poderia acontecer algo mais estimulante do que isto (no trabalho)? Difícil, no entanto o entusiasmo esvaziou-se em poucas horas.

Levanto a cabeça e olho para o espelho. O que queres fazer da tua vida? E deixo a imaginação soltar-se. E viajo para o mundo do vinho, onde o entusiasmo liberta a minha criatividade, onde o trabalho não é trabalho. E será só imaginação? Ou será que isso aconteceria mesmo?

Há dias assim...

Pág. 1/2

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2021
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2020
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2019
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2018
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2017
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2016
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2015
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub