Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Vida de Sonho

Todos os dias temos uma decisão a tomar: o que vou fazer com a minha vida? Por aqui registo reflexões sobre essa guerra.

Vida de Sonho

27
Jul18

A minha utopia

Vida de sonho

É um facto demonstrado por vários estudos, bem como revelado pelos testemunhos de tantas pessoas, que poucas gostam do que fazem ou da vida que têm. Embora procure, não tenho resposta para esse enorme desafio que todos enfrentamos. Não tenho resposta, mas podemos idealizar, sonhar, criar uma utopia.

O meu sonho é ter liberdade para fazer o que quiser, mas para isso necessito ter as necessidades básicas asseguradas: alimentação, abrigo, vestuário, apoio na saúde. Isso seria possível se existisse algo semelhante a um rendimento de subsistência universal. Qualquer pessoa receberia um valor mensal suficiente para assegurar a sua subsistência. Esta solução tem uma vantagem inquestionável: as pessoas poderiam fazer o que gostam, mesmo que seja nada.

A grande maioria das pessoas não iria ficar sem fazer nada, não está na nossa natureza. Com este suporte, poderiam procurar a melhor forma de ocupar o seu tempo sem qualquer preocupação. Caso uma das escolhas falhasse, facilmente mudariam e tentariam outra coisa. E continuariam a tentar até encontrar, o que não demoraria assim tanto. Acredito sinceramente que os níveis de felicidade e bem estar iriam disparar, mas também a produtividade. Com mais pessoas a trabalharem na sua ocupação de eleição, o aumento de produtividade é inevitável. Assim, uma percentagem inferior da população a trabalhar não implicaria uma redução proporcional na produção.

Não descarto a dificuldade de implementar algo como isto, mas por isso mesmo chamo utopia.

25
Jul18

Navegar à vista no oceano

Vida de sonho

Hoje o portal do sapo tem mais uma notícia triste: a cantora Demi Lovato terá sido encontrada inconsciente devido a overdose. Li o artigo e não encontrei factos: se foi ou não, que droga, etc... Espero que fique bem e ultrapasse este episódio. Mais abaixo tem um referência à música "Sober" que terá cantado em Portugal, em que ela pede desculpa por ainda não estar sóbria.

Estas situações originam sempre sentimentos de tristeza, porque acabam por alimentar a ideia que tenho de que a maioria das pessoas não é feliz. A vida é uma luta constante, diária, permanente, as pessoas fazem o que têm que fazer mais do que o que querem fazer. Isto não mata, mas mói. Até que passamos anos nesta mó, que acaba mesmo por matar.

A minha jornada é igual à da maioria das pessoas, apenas quero ser feliz, sentir-me bem. Tenho-me focado mais nos últimos anos e sem dúvida houve evoluções positivas muito importantes, estou bem melhor do que há 5 anos atrás. Neste período estudei muito e utilizei imenso conceitos do desenvolvimento pessoal (trabalho de pessoas como Robin Sharma, Jack Canfield ou Tony Robbins, por exemplo). O desenvolvimento pessoal ajuda-nos muito na parte da ação, em levar as coisas para a frente, fazer acontecer. Mas a minha guerra passa pela autoconhecimento e acabei por mergulhar mais fundo do que o âmbito do desenvolvimento pessoal.

O que sinto atualmente é que a vida é como navegar à vista no meio do oceano. Sem mapas, bússolas, gps, etc... Temos que definir um rumo, que não sabemos se será correto; enfrentar situações com que nos deparamos (umas desejadas, outras nem tanto); e gerir a nossa natureza frágil e insegura, que quer impor a sua vontade, que está sempre à procura do que está mal e alimenta mais sentimentos negativos do que positivos. Algumas pessoas encontram causas a que se entregam e acabam por navegar de forma mais calma, mas a maioria parece navegar de tempestade em tempestade.

Gostaria de ter e apresentar soluções, indicar caminhos a seguir, mas não tenho. O meu percurso leva-me a concordar que é o nosso próprio ego que nos causa esta turbulência; se calhar entregarmo-nos, rendermo-nos à vida seria o melhor. Claro que para isso teríamos que nos libertar do nosso ego, de nós próprios, portanto, não é uma opção propriamente realista.

Continuo sem respostas...

23
Jul18

Férias à porta

Vida de sonho

Férias à porta, após esta semana de trabalho seguem-se 2 semanas e meia fora do escritório. Estou a precisar de descansar, parar, ter um período de maior leveza.

É uma sensação que me acompanha nos últimos tempos: acabei por criar uma vida algo pesada. Necessitamos trabalhar para nos sustentar, mas quando construimos uma vida de acordo com o modelo tradicional acabamos acumular cargas de trabalho. Tudo o que temos necessita ser acompanhado, tratado, reparado, limpo, gerido etc... E isso acontece dia após dia. Ficamos prisioneiros da nossa própria construção.

Tenho feito um esforço para simplificar as coisas, evolução passo a passo, já com alguns resultados. Vale a pena, é um bom investimento do nosso tempo. Um dos efeitos é eu reconhecer que andava em esforço, não descansava o suficiente, não somos super homens/mulheres, capazes de aguentar tudo o que nos aparecer. Somos seres frágeis, limitados e inseguros. Respeitar a nossa natureza, ouvir os sinais do corpo é muito importante.

Sou de uma geração que está nos 40. À minha volta, a falta de cuidado com nós próprios começa a apresentar faturas: contraturas, hérnias, depressões, etc... Começo a ver na realidade efeitos da inflamação crónica, com origem física, mas também mental. Devemos cuidar do corpo, com alimentação saudável e exercício; mas também da mente, com descanso e um cuidado com os pensamentos que geramos.

18
Jul18

Não sabemos como viver

Vida de sonho

Por vezes sinto que não sabemos o que fazer com a nossa vida. Nascemos, identificamo-nos como uma pessoa e tornamo-nos prisioneiros dos nossos pensamentos.

O início de vida é o período mais feliz. Tudo aparece feito para nós, as nossas necessidades são satisfeitas pelos pais: habitação, alimentação, vestuário e cuidados de saúde - claro que em circunstâncias de pais empregados e enquadramenteo familiar saudável. Não faltam situações de pobreza e famílias disfuncionais, infelizmente. Mas a vida é bela, a existência é uma experiência de diversão e usufruto de pessoas, locais, coisas, etc... Nesse período, por outro lado, começa a nossa programação, somos educados, socializados, há regras sociais e convenções. O nosso ego consolida-se e a partir da pré-adolescência a necessidade de que as coisas aconteçam de acordo com a nossa vontade é cada vez maior. Aqui começa o sofrimento, que, provavelmente, nos acompanhará até ao fim dos nossos dias.

A vida vai proporcionar-nos experiências satisfatórias e menos satisfatórias. Nos momentos bons, está tudo OK, experienciamos um bem estar fugaz. Depois de um bom momento, a nossa mente começa de imediato a pensar no próximo. Nos momentos menos bons dramatiza-se, vamos abaixo, colocamos tudo em causa.

Acredito profundamente que a esmagadora maioria das pessoas não sabe/consegue gerir estas emoções. E isso acontece, porque achamos eu sinto isto, eu penso aquilo. E assim o tempo passa e nós sobrevivemos, sobrevivemos aos acontecimentos da vida e às emoções que geram.

Parece-me que não sabemos como viver, o que fazer com esta dádiva que é estarmos vivos. Tentamos, tentamos e tentamos, mas há sempre momentos de sofrimento que arrasam todas as coisas boas que se construiu. Já passei por várias fases, li bastante e contactei com muitos tipos de conteúdos diferentes e, mais uma vez, digo apenas os ensinamentos da área da espiritualidade ajudam a percorrer este caminho. Não sei o que é verdade e o que não é verdade, mas sei o que funciona melhor comigo. Obrigado, Vedanta, Laz Tzu e outros.

17
Jul18

50 anos de casamento

Vida de sonho

Regresso à escrita após um fim de semana de passeio, passagem pelo NOS Alive para ver Pearl Jam e Alice In Chains. O concerto dos Pearl Jam foi excelente, são uns animais de palco e uma máquina muito bem oleada, com décadas de concertos. No regresso ainda deu para almoçar um leitão na Bairrada, sempre muiot agradável.

Mas esta semana fica marcada por uma celebração muito importante: os meus pais celebram 50 anos de casados. É um feito assinalável, nos dias de hoje. Lembro-me de ir à celebração dos 75 anos de casado dos meus avós paternos (!). É uma enorme alegria, naturalmente, tanto pelo feito como pelas pessoas. Dificilmente poderia ter tido mais sorte com os pais. Não tiveram uma vida facilitada, o lado material era escasso, portanto, tudo era bastante regrado. Mas isso acaba por ser insignificante perante 2 qualidades enormes: um apoio permanente e incondicional aos filhos; deixaram-me seguir o meu próprio caminho. Se a primeira é algo que sentimos desde a primeira hora, da segunda só há pouco tempo tive consciência da importância e do impacto que teve no meu percurso.

Seja qual for o motivo, as principais decisões sobre a minha vida foram tomadas por mim. Não houve qualquer tentativa de influência, de condicionamento. Apenas houve estímulo a estudar, tirar um curso superior. E quando chegamos a um período na vida em que percebemos que o fundamental é seguirmos o nosso percurso, perceber que o pudemos fazer desde sempre é uma sensação de grande privilégio e gratidão perante os nossos pais.

Vamos, então, usufruir da festa e celebrar um momento muito especial.

13
Jul18

Alimentação e genética

Vida de sonho

Ontem, Robin Sharma publicou mais uma mastery session, desta vez sobre saúde. A parte mais interessante é onde ele fala sobre o estudo genético que fez para avaliar a melhor alimentação para si próprio.

Este é um tema importante para mim, já que tenho cuidado com a alimentação, com especial enfoque na questão da inflamação. O nosso corpo adapta-se ao regime alimentar e verifico alterações na composição corporal (diminuição de massa gorda) e inchaço abdominal. O mais interessante é que essa mudança não é constante, chega-se a um ponto em que há uma estabilização. Nessa altura, começamos a pensar o que precisamos fazer para continuar a evoluir no bom sentido. Sabemos que a fase final é a mais difícil. Estudamos o assunto, seguimos orientações e vamos acompanhando os resultados, mas tudo numa lógica de tentativa e erro.

Se houver a possibilidade de um estudo genético identificar claramente alimentos, componentes de alimentos ou classes de alimentos que nos causem alergias ou inflamação, o potencial para melhorias na saúde da população é extraordinário.

12
Jul18

Turbulências da mudança

Vida de sonho

A escrita está mais difícil, hoje. A noite de sono foi um pouco mais curta e a máquina está emperrada. Depois de uns dias muito ocupados com reuniões e projetos, tudo aponta para um resto de semana com agenda mais livre. Vamos ver se consigo limpar algumas coisas no trabalho.

Neste fase sinto alguma divisão interior. Por um lado, começa a chegar a hora de deixar as coisas seguirem o seu próprio caminho. As ideias sobre controlo dos acontecimentos começam a integrar-se, ouvir as mensagens do corpo já é mais fácil. Estou a falar de coisas como fome, cansaço, etc... Não é fácil, porque estamos tão focados nos pensamentos, que tudo gira à volta deles, mas perante as irracionalidade e volatilidade da mente somos como um papel numa tempestade, que segue conforme a direção do vento.

Mas não é muito fácil, porque a mente não desarma. A corrente de desejos mantém-se, uns após os outros, na sequência infindável que tanta insatisfação nos causa. Se seguir o fluir da vida nos dá mais calma e serenidade, temos que gerir a mente irrequieta, que nos está sempre a desafiar: quero isto, quero aquilo, olha o que ele disse, olha o que fez, etc...

Mas como diz Robin Sharma, change is hard at first, messy in the middle and beautiful at the end. Faz parte do processo.

11
Jul18

Não se nasce génio

Vida de sonho

Há uma ideia generalizada que necessita ser ajustada, a ideia de que o talento excecional que as pessoas demonstram para fazer algo nasce com elas. As pessoas podem ter preferências, inclinações para uma determinada área ou atividade, mas não nascem génios.

Todas as pessoas têm capacidade para aprender, evoluir, especializar-se e tornar-se excecionais. Mas o segredo não é nascer com um talento, o segredo é dedicar-se a algo o tempo suficiente e com vontade de melhorar dia após dia. Segundo Anders Ericsson serão necessárias 10000 horas de prática intencional para sermos especialistas em algo.

Vemos, então, que o necessário é "apenas": decidir o que se quer, mantermo-nos no caminho e melhoria contínua. Não se nasce génio ou excecional em algo, tornamo-nos excecionais pelo empenho, consistência e vontade de melhorar.

O mais difícil é mesmo decidir o que se quer. Nos dias de hoje ainda me parece mais difícil, porque os estímulos externos são cada vez maiores e o tempo de reflexão, ponderação sobre o caminho que se quer seguir pode ser ocupado pelas maravilhas da tecnologia.

10
Jul18

Cuidados na espiritualidade

Vida de sonho

A minha veia filosófica levou-me a estudar diversos conteúdos na área da espiritualidade. A origem Católica já me colocou em contacto com ideias do Cristianismo e nos últimos tempos estudo com alguma profundidade o Tao Te Ching e Advaita Vedanta (sistema filosófico com raízes no Hinduísmo).

Apenas a espiritualidade nos apresenta respostas para as grandes questões da humanidade, incluindo a origem do universo e quem somos. Especialmente no Tao, mas também em alguns conteúdos de Vedanta, encontramos descrições do comportamento do sábio ou do ser iluminado. Esta situação pode estender uma armadillha, porque pode levar a que sigamos aqueles comportamentos. E qual é a armadilha? Embora nos possamos comportar como um sábio, continuamos a ser humanos, a identificarmo-nos com esta pessoa que pensamos ser. E se o comportamento de um ser iluminado certamente trará coisas boas para o mundo, pode não representar uma existência feliz para as pessoas.

Incluir muitas componentes da espiritualidade melhora o nosso bem estar, mas continuamos a ser pessoas, a ter coisas para fazer, responsabilidades no dia a dia. Começo a ver estes ensinamentos como inspiração para sermos melhores e evoluirmos, mas enquanto sentirmos que somos indivíduos o melhor caminho, para mim, será o autoconhecimento, procurar o equilíbrio interior que nos permite sobreviver no mundo.

Estes ensinamentos são fundamentais para mim, mas devem ser integrados na vida, ter o seu próprio espaço, não nos dominar completamente. Curiosamente, a Vedanta fala muito nisso, na integração da espiritualidade no nosso dia a dia. Como os nossos afazeres devem ser espiritualizados e não descurados ou menosprezados.

09
Jul18

Um fim de semana presente

Vida de sonho

Fim de semana intenso, mas por bons motivos. Dois excelentes dias de praia, que colocaram a família a banhos umas boas horas. A somar a isso, preparativos para uma festa de 50 anos de casados (impressionante!) e uma wine sunset party no final da tarde de domingo. Foi intenso, mas muito agradável. O foco foi na família e em usufruir do fim de semana. Nada de grandes pensamentos em divagação, a fantasiar sobre coisas que não estavam a acontecer.

No trabalho começou o período de férias. É sempre necessário gerir ausências, mas, por outro lado, está tudo mais calmo. Eu trabalho melhor quando as coisas estão calmas. Mergulho nos temas com profundidade e sinto momentos de flow, em que estamos simplesmente a fazer e o tempo passa sem darmos conta. Trabalho melhor num ambiente calmo e de silêncio, sem interrupções. São estilos...

Pág. 1/2

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2021
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2020
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2019
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2018
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2017
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2016
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2015
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub