Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Vida de Sonho

Todos os dias temos uma decisão a tomar: o que vou fazer com a minha vida? Por aqui registo reflexões sobre essa guerra.

Vida de Sonho

31
Ago18

As 2 coisas boas da semana

Vida de sonho

A semana que hoje termina fica marcada por dois temas: espiritualidade e automatização de mapas. Era difícil ser mais diferente.

Dediquei umas boas horas aos mapas de informação de gestão. Horas no excel a substituir tabelas dinâmicas por fórmulas, de forma que quando colar nova informação a componente de cálculos acontece sozinha. Em resumo; há listagens extraídas do software de informação de gestão que são trabalhadas no excel; com este investimento apenas necessito colar as tabelas no excel, que ele faz o resto sozinho. Ganha-se tempo, mas, essencialmente, reduz-se os erros.

O lado espiritual também evoluiu e as evoluções na espiritualidade têm tanto de pouco frequentes como de alto impacto. Não foi uma evolução na leitura ou na compreensão de conceitos, foi uma evolução na experiência, na clareza. Está cada vez mais clara a perceção e distinção entre o ser vivo e a pessoa. Temos vida a brilhar dentro de nós, é a nossa bateria. Com atenção, conseguimos isolar esse sentimento interior de existência. Ao mesmo tempo, percebemos que a mente, os pensamentos e sentimentos, aparecem sem sabermos de onde e a nossa atenção é atraída por essa atividade. Para quem está à procura da verdade e de quem sou, é uma evolução muito importante.

Claro que há coisas que ainda não foram feitas, mas temos que olhar para os dois lados da balança. Se seguisse o instinto do ego de apenas olhar para o que falta, para o que está mal, estes dois motivos de grande satisfação teriam sido desprezados e estaria a experienciar sentimentos negativos de forma desproporcionada.

30
Ago18

Andamos todos ao mesmo

Vida de sonho

Penso que "andamos todos ao mesmo", o que a maioria das pessoas quer é estar bem, sentir-se bem. Para isso procuramos construir uma vida com boas relações, conforto material, etc... Procuramos fatores externos que nos proporcionem um sentimento de bem estar.

À medida que o tempo passa, a minha experiência pessoal tende a concordar com as ideias de que o bem estar é um trabalho interior, que não serão fatores externos o segredo para o conseguirmos. A sensação de bem estar é um sentimento, muitos sentimentos resultam da forma como avaliamos os acontecimentos. Se algo é considerado bom, experimentamos um sentimento de satisfação; se algo é mau, o inverso. Teremos sempre acontecimentos bons e maus, faz parte da vida, das regras do jogo. Criar a expetativa de apenas experenciar coisas boas é irrealista, é um dos caminhos para a infelicidade. Aceitar que os momentos maus fazem parte da vida é um dos trabalhos interiores que contribuem para termos mais momentos de bem estar e não deixar que os poucos momentos maus se sobreponham aos bons.

Esta frase final leva-me para outro ponto. Temos uma tendência para valorizar mais o negativo que o positivo. Há quem atribua essa tendência à necessidade de sobrevivência, há milhões de anos atrás, em que o ser humano viva rodeado de ameaças e necessitava estar particularmente atento a elas. Precisamos contrariar essa tendência com uma atitude de gratidão ou reconhecimento pelas coisas boas que temos. Quando começamos uma rotina intencional de identificar as coisas boas, o principal efeito é compensar o desvio negativo instintivo e equilibrar o jogo das emoções.

Aceitação e gratidão são duas ferramentas muito poderosas para iniciarmos um percurso de vida mais feliz, sem ter que revolucionar as circunstâncias em que vivemos.

29
Ago18

Evolução na espiritualidade

Vida de sonho

Hoje é dia de voltar a olhar para o lado espiritual, já que sinto algumas alterações na forma como estou a viver este aspeto.

A intenção inicial era aprofundar o autoconhecimento, através da introspeção estar mais consciente do que é importante para mim e viver de acordo com isso. Descobri 2 coisas: por um lado, as respostas sempre estiveram lá, apenas precisava de estar atento; por outro, o que encontrei de novidade foi o vazio. Ponto 1, o nosso corpo é uma máquina de feedback, se estivermos atentos aos sinais ele diz-nos tudo. Ponto 2, quando parava para "olhar para dentro" observava pensamentos e sentimentos. O que observava não era diferente do que poderia observar sem meditar, portanto, nada de novo nesse campo. O que foi novo? A novidade foi perceber o espaço entre eles, perceber o vazio que existe nos intervalos da atividade da mente.

Quando a mente está parada continuamos a existir, a chama da vida está sempre acesa. Somos uma forma de vida. Com o tempo, o poder dos pensamentos enfraquece. Percebemos que o fluxo de pensamentos constante simplesmente aparece, não é gerado por nós. Percebemos que, dos milhares de pensamentos diários apenas uma minúscula fração merece a nossa atenção. Quando isto acontece, a chama do vazio brilha com mais intensidade e tem algo para nos oferecer: paz.

A meditação não é uma prárica muito comum no Ocidente, porque não estamos programados para parar. Esse desconhecimento acaba por criar alguns mitos. Felizmente, mais e mais estudo científicos identificam os benefícios de uma prática diária (20 minutos). Mas é algo muito simples, que com o tempo nos dá, pelo menos, algo que tanto se procura nas sociedades modernas: uma sensação de paz. Não é imediato, há um caminho a percorrer, mas vale todos os minutos investidos.

28
Ago18

Sucesso nas relações

Vida de sonho

Nos meus tempos de estudante universitário dizia que a fidelidade é algo anti-natura. Nessa altura era muito influenciado pelo que via num ambiente de jovens cheios de energia e vontade tanto de viver como explorar. Nessa conjuntura, uma relação com uma única pessoa não era fácil. A ideia não me impediu de seguir o trajeto normal na nossa sociedade, namoro, casamento, filhos...

Chegamos aos 40 e voltamos à filosofia. Já não formalizo o pensamento da mesma forma, mas há coisas que se mantêm. E o que se mantém é que o nosso ego (regra geral) não é muito compatível com relações mono. O ego apresenta-nos um fluxo constante de desejos e isso inclui atração por outras pessoas. Não faz parte da sua natureza desejar algo, conseguir e fechar esse capítulo. O lado racional da nossa mente tem de intervir e disciplinar. Na minha visão é uma questão de decisão: cada um decide num momento se vai ter uma postura de fidelidade, a partir daí entra um processo de programação, de indentidade. Se há uma identificação forte com a ideia de fidelidade, o lado racional consegue controlar os impulsos: tu queres isso, mas eu não sou assim, não o vou fazer. Se a identificação não for muito forte - tipo, devia ser fiel - é mais fácil ceder ao desejos do ego. A verdade é que se gera uma batalha interior entre desejos e programação/identidade.

Por outro lado, as relações são difíceis, muito difíceis. E uma das grandes dificuldades é que o nosso ego quer fazer o que lhe apetece, quer que as coisas aconteçam de acordo com a sua vontade. Numa relação há 2 egos, cada um com as suas vontades e em disputa para impor a sua. Isto obriga a negociação, cedências de parte a parte, mas isto gera uma certo desgaste emocional. Uma disciplina permanente do ego cria estados de insatisfação, que, ao longo do tempo, podem levar a infelicidade. Claro que há o outro prato da balança. O ego também quer ser amado, desejado, precisa da estabilidade que só uma relação pode dar. A assim se vai navegando, enquanto se conseguir manter a balança equilibrada.

As relações são muito difíceis. A minha experiência diz-me que um grande ingrediente para uma relação longa e estável é duas pessoas tomarem uma decisão de que esta relação é para durar. Quando se toma essa decisão e a interiorizamos tempo suficiente, quando a integramos no nosso inconsciente, então, é possível ter uma relação duradoura. Na minha visão do tema, é uma decisão.

24
Ago18

Secretária limpa

Vida de sonho

Missão concluída com sucesso, a secretária está um brinquinho. Apenas tem o computador e dois pequenos lotes de papel, um deles lixo e metade do volume do outro é um bloco de folhas brancas. É muito bom ter a secretária limpa. A redução do papel nas organizações permite isto; as nossas tarefas são tratada no ecrã, com as vantagens e desvantagens associadas.

Depois do papel, virá o tempo do e-mail. Se os papéis se perdem e podem ficar esquecidos, também os mails. Claro que os mails têm um suporte eletrónico mais fácil de controlar, mas já está a acontecer com o mail o que acontecia com o papel: volumes demasiado elevados. A partir do momento em que começamos a acumular mails, pode acontecer o mesmo: podem ficar parados sem tratamento imenso tempo. Tenho uma vaga memória de um artigo sobre o tempo de ocupação dos executivos em que o tratamento de mails representava 40% do seu tempo. Convenhamos que 40% é muito, já que não se trata de uma atividade particularmente produtiva.

O que envolver tratamento de tarefas será preferível tratar numa plataforma específica (qualquer coisa tipo workflow), que permita controlo e monitorização. Assim, nada fica esquecido. Estamos com excesso de trabalho, a produtividade e o foco nas tarefas críticas é fundamental. Sinto muitos fatores de dispersão no mail, pelo que a sua hora chegará.

23
Ago18

Trabalhar para uma causa?

Vida de sonho

Depois de uma terça-feira pouco produtiva, quarta-feira foi um dia bem melhor no trabalho. Fiz uma limpeza à secretária, que está quase minimalista. Além do computador só tem um pequeno monte de papéis, muitos deles lixo. Ficou muito apresentável, já posso mostrar o meu local de trabalho à família. Falta apenas passar pelos restantes papéis e limpar a secretária. Vou ver se faço isso hoje: o que é lixo segue o seu destino, o que não for é guardado no armário. Na secretária apenas fica o que estiver a utilizar. Também tratei de uns temas de informação de gestão com impacto. O balanço do dia foi muito satisfatório. Estes dias são importantes, porque nos dão ânimo reforçado, no entanto, devem também inspirar uma reflexão muito importante. Por que motivo os dias não são todos assim?

No meu caso, a resposta é muito simples: o meu trabalho é uma mera fonte de rendimento. Na verdade, não estou a fazer algo de que goste especialmente, nem há uma visão, uma causa na qual esteja empenhado. Aliás, a própria organização não transpira uma causa, uma visão. Sinto que é uma grande empresa, onde as pessoas que dão o seu melhor o fazem por uma ética profissional interior ou projeto de carreira. É um ímpeto egóico que as move. Não quero incutir um juízo de valor nestas últimas frases; as coisas são o que são, não podemos ter uma causa ou uma visão mobilizadora em todas as organizações.

No meu caso, que não tenho ambições profissionais e apenas procuro dar um contributo válido para o meu empregador, talvez a integração numa organização com uma causa fosse a faísca necessária para patamares mais elevados de envolvimento e contributo profissional.

A escrita deste post abriu uma nova frente na minha visão do trabalho e um possível novo caminho na minha evolução profissional. Pode ter sido um momento muito importante, que só quando paramos para pensar e/ou escrever conseguimos.

22
Ago18

Procurar o Eu

Vida de sonho

Ontem foi um dia de altos e baixos. Dia muito pouco produtivo no trabalho, correu mal. Estava pouco concentrado, algo ausente. Acontece, mas é necessário ter atenção e tomar medidas corretivas. Então e os altos?

Uma das coisas boas do dia foi mais um avanço no trabalho espiritual. Contactei com algumas ideias do sábio Ramana Maharshi (existe um documentário sobre ele no youtube) e uma delas revelou-se muito prática e impactante. Procura o Eu, instruía este sábio. "Olha" para dentro e procura o teu Eu, a origem dos pensamentos. Sugeria que ao não ser encontrado, o Ego ilusório colapsa e temos a experiência do nosso verdadeiro Ser. Naturalmente fiz a minha experiência e foi muito interessante. Ao procurar o Eu, aconteceu, pelo menos, uma maior profundidade na introspeção. A verdade é que a nossa atenção anda a navegar à procura da fonte e não a encontra. Os pensamentos simplesmente aparecem, não se consegue perceber de onde vêm; tudo acontece de forma espontânea, tudo simplesmente aparece. Se aparece, não há um Eu a produzi-los... Foi poderoso.

Hoje é outro dia, há que continuar a procurar o Eu, mas também há que recuperar a produtividade no trabalho. Há coisas que aparecem de forma espontânea, mas o salário no final do mês não!

 

21
Ago18

A carga da vida

Vida de sonho

Na vida, só temos uma responsabilidade: cuidar da pessoa que vemos no espelho. E essa pessoa tem poucas necessidades: necessita alimento, abrigo, vestuário e cuidados de saúde. A partir daqui, são os estímulos do ambiente em que nos integramos que criam necessidades.

Às vezes é preciso voltar ao básico para percebermos o tanto que a maioria de nós tem e o stress excessivo que colocamos sobre nós próprios por causa de coisas de que não precisamos. Por outro lado, quando sentimos a vida demasiado pesada, pela carga associada a ter um lar, família, emprego, etc..., também percebemos que tudo isso é uma construção que vai além das nossas necessidades básicas. Se a carga é pesada há que aliviar e ter consciência do peso que as coisas não necessárias representa é um ótimo primeiro passo para melhorar a nossa vida.

Acredito que cada um procura o modo de vida que o/a fará mais feliz e isso poderá implicar uma carga de responsabilidades e coisas para fazer bastante elevada. O importate é que o faça de forma intencional, fruto de uma reflexão interna, uma confirmação interior que o esforço está direcionado de forma correta. Se isso acontecer não será carga, será ação espontânea e satisfatória.

20
Ago18

Preguiça ou Necessidade?

Vida de sonho

Este fim de semana tive uma prenda inesperada: umas horinhas sozinho em casa. A família foi para a praia e fiquei metade da tarde por casa. Não faltavam coisas para fazer, portanto foi necessário fazer opções. A minha foi meditar.

Meditar tem sempre o mesmo obstáculo a transpor: cansaço. É muito fácil inciar um período de meditação e o resultado ser adormecer. É necessário passar por isso, o corpo necessita de descansar, portanto, quando paramos um bocado, desliga. Após ter descansado o necessário lá consegui um bom período de meditação. Qual foi o resultado? Energia, boa disposição e motivação para realizar algumas tarefas necessárias.

Tudo isto para chegar onde? À falta de descanso. Acredito que seja uma questão comum a muita gente, mas como apenas conheço a minha própria realidade, só falo dela. Quando estou descansado, enfrento as coisas que tenho que fazer com energia, determinação, foco. A mente não divaga tanto, não se foca no que queria estar a fazer, antes no que está realmente a fazer. Por vezes penso que não estou no caminho certo, não tomei as melhor opções de vida, portanto, faço as coisas em esforço, porque tem que ser (e já que te meteste nelas, tens que aguentar e assumir as consequências!). Mas descansado, num ambiente de paz, faço o que tenho que fazer e o resultado é uma sensação de satisfação.

A tentação de fazer imensas coisas, aproveitar, encher os nossos dias de atividade, convívio, conteúdos diversos é grande e somos tentados a pensar que é o caminho para nos sentirmos melhor. Mas, tantas vezes, parar uma ou duas horas, ouvir e ceder aos sinais do corpo, é uma forma de usufruirmos melhor do que acontece a seguir.

Cada vez estou mais convencido que o modo de vida ocidental é excessivo. Continuando a falar por mim, preciso de mais tempo sem fazer nada, preciso de mais calma e tempo de descanso. Claro que aos olhos de tanta gente isto pode ser visto como preguiça, mas o meu bem estar interior chama-lhe necessidade.

17
Ago18

Tomamos decisões?

Vida de sonho

Num dos seus vídeos, Swami Sarvapriyananda falou de uma experiência sobre tomada de decisões. A equipa de investigação colocou um aparelho para medir a atividade cerebral em algumas pessoas e convidou-as a tomar decisões: coisas simples como pegar em objetos ou escolher entre 2 coisas diferentes. No momento da decisão, as pessoas informavam a equipa. Esse estudo mostrou que antes das pessoas manifestarem que a decisão estava tomada havia atividade cerebral.

Vale o que vale, mas abre hipóteses muito interessantes. A mais interessante é que o que achamos ser uma tomada de decisão é na verdade ter conciência da decisão tomada. Ou seja, quando surge o pensamento "escolho a bola preta e não a vermelha", esse não é o momento da decisão. A decisão terá ocorrido momentos antes, no "inconsciente", e esse é o momento em que a decisão é manifestada, em que se torna consciente para nós. Isto é absolutamente fascinante.

Por um lado, reforça o poder do condicionamento, da programação mental, considerando o poder do inconsciente na tomada das decisões; por outro, faz-nos pensar sobre o controlo que temos sobre a nossa vida (será bastante menor do que o que pensamos).

Um bom ponto para investigar com alguma profundidade.

Pág. 1/2

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2021
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2020
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2019
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2018
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2017
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2016
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2015
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub