Daily journal - 13/11/2015
Esta semana está a ser marcante. Faço uma viagem no tempo e volto ao meu período de faculdade, altura em que tabalhei de forma mais intensa a minha espiritualidade.
Construí grande parte da minha vida adulta sobre o pilar da racionalidade, fruto do meu equilíbrio emocional e da constatação de que é possível construirmo-nos. Mas a verdade é que ainda falta algo. Passado este período de contacto com as ideias do desenvolvimento pessoal, constato que preciso ir mais longe no auto conhecimento e chegar à minha essência ou, pelo menos, dar oportunidade a que ela se manifeste ao meu consciente.
Não vamos negar a evidência: construimos o nosso ego na negociação entre os nossos instintos e os modelos sociais (Freud puro e duro) e definimos o nosso eu, o nosso ser, nesse resultado. No entanto, quando procuramos a felicidade vemos que o caminho não é por aí. Sinto que é necessário chegar à minha essência e alinhar o meu ego/eu com ela, sob o risco de uma incoerência, divisão interior, que impede a paz de espírito.
Isto não se consegue sem destruir parte das nossas fundações, temos que estar dispostos a largar parte do que construímos ao longo de anos. De uma forma interessante, o sucesso na construção do nosso eu também passa pela sua destruição ou reformulação. Destruir o nosso próprio ego representa um sucesso.