Daily journal - 24/02/2016
Hoje aconteceu algo muito interessante, que mostra como nós somos o nosso próprio travão. Tenho um tema urgente para resolver, que recomenda vá um pouco mais cedo para o trabalho. A minha mulher, solidária, deu-me carta branca e assegura a descendência. No entanto, a situação não me deixou confortável.
Costumo tratar de alguns preparativos matinais, lanches, pequeno-almoço, etc..., o que não iria acontecer hoje. Ao mesmo tempo que ela me dizia para avançar sem problemas, o meu interior estava irrequieto, a pensar como dar o contributo habitual e ir mais cedo para o trabalho. Claro que as coisas não são compatíveis e acabei por fazer parte do habitual. Ajustei o exercício físico e lá saí mais cedo.
Este espisódio é revelador. O lado familiar é mais forte do que o profissional, a vontade de contribuir e apoiar a família gerou este desconforto perante a conveniência de, uma vez, sair de casa mais cedo. A entrega e o profissionalismo não estão em causa, até estive a trabalhar um pouco à noite, em casa, mas a evolução profissional implica mais envolvimento e estou a ver que no momento em que chocar com a família terei conflitos interiores. Mas nada me garante que tal vá acontecer. Para já vamos lá evoluir para o profissional que sempre quis ser, tudo o resto se encaixará. Afinal, o ser humano é mestre na adaptação.