Evolução na espiritualidade
Hoje é dia de voltar a olhar para o lado espiritual, já que sinto algumas alterações na forma como estou a viver este aspeto.
A intenção inicial era aprofundar o autoconhecimento, através da introspeção estar mais consciente do que é importante para mim e viver de acordo com isso. Descobri 2 coisas: por um lado, as respostas sempre estiveram lá, apenas precisava de estar atento; por outro, o que encontrei de novidade foi o vazio. Ponto 1, o nosso corpo é uma máquina de feedback, se estivermos atentos aos sinais ele diz-nos tudo. Ponto 2, quando parava para "olhar para dentro" observava pensamentos e sentimentos. O que observava não era diferente do que poderia observar sem meditar, portanto, nada de novo nesse campo. O que foi novo? A novidade foi perceber o espaço entre eles, perceber o vazio que existe nos intervalos da atividade da mente.
Quando a mente está parada continuamos a existir, a chama da vida está sempre acesa. Somos uma forma de vida. Com o tempo, o poder dos pensamentos enfraquece. Percebemos que o fluxo de pensamentos constante simplesmente aparece, não é gerado por nós. Percebemos que, dos milhares de pensamentos diários apenas uma minúscula fração merece a nossa atenção. Quando isto acontece, a chama do vazio brilha com mais intensidade e tem algo para nos oferecer: paz.
A meditação não é uma prárica muito comum no Ocidente, porque não estamos programados para parar. Esse desconhecimento acaba por criar alguns mitos. Felizmente, mais e mais estudo científicos identificam os benefícios de uma prática diária (20 minutos). Mas é algo muito simples, que com o tempo nos dá, pelo menos, algo que tanto se procura nas sociedades modernas: uma sensação de paz. Não é imediato, há um caminho a percorrer, mas vale todos os minutos investidos.