Férias à porta
Férias à porta, após esta semana de trabalho seguem-se 2 semanas e meia fora do escritório. Estou a precisar de descansar, parar, ter um período de maior leveza.
É uma sensação que me acompanha nos últimos tempos: acabei por criar uma vida algo pesada. Necessitamos trabalhar para nos sustentar, mas quando construimos uma vida de acordo com o modelo tradicional acabamos acumular cargas de trabalho. Tudo o que temos necessita ser acompanhado, tratado, reparado, limpo, gerido etc... E isso acontece dia após dia. Ficamos prisioneiros da nossa própria construção.
Tenho feito um esforço para simplificar as coisas, evolução passo a passo, já com alguns resultados. Vale a pena, é um bom investimento do nosso tempo. Um dos efeitos é eu reconhecer que andava em esforço, não descansava o suficiente, não somos super homens/mulheres, capazes de aguentar tudo o que nos aparecer. Somos seres frágeis, limitados e inseguros. Respeitar a nossa natureza, ouvir os sinais do corpo é muito importante.
Sou de uma geração que está nos 40. À minha volta, a falta de cuidado com nós próprios começa a apresentar faturas: contraturas, hérnias, depressões, etc... Começo a ver na realidade efeitos da inflamação crónica, com origem física, mas também mental. Devemos cuidar do corpo, com alimentação saudável e exercício; mas também da mente, com descanso e um cuidado com os pensamentos que geramos.