Filosofia e o dia a dia
Ontem tive uma pequena janela para me dedicar à filosofia e lá estive a ouvir mais uma palestra de Advaita Vedanta. São sempre momentos reflexivos, introspetivos.
Swami Sarvapriyananda falou muito sobre a origem do universo em diversas visões filosóficas e científicas. Mergulhou nas grandes questões da humanidade e a verdade é que continuamos sem respostas. Continuamos sem respostas e será de esperar continuar sem elas durante muito tempo. E aí surge a pergunta mais íntima, com a resposta mais difícil: o que é que eu faço? Como vivo uma existência sem resposta às questões mais fundamentais? A ciência não nos sabe dizer e as repostas religiosas ou filosóficas remetem para algo que não conseguimos experimentar ou comprovar.
Perante esta navegação à vista, o que podemos fazer é traçar um rumo, programar a mente para seguir esse rumo e tentar usufruir o melhor possível da viagem. Acompanhar a ciência e estudar a visão das escolas filosóficas e religiões é algo que merece investimento, mas temos um dia a dia para viver. Nesse dia a dia, aceitar a incerteza que é a nossa existência, ter consciência da nossa insignificância neste cosmos, pode ajudar a não complicar a vida e a passarmos por aqui de forma menos sofrida.