Não me vou matar lentamente
Domingo difícil, malta doente em casa e pouco descanso. Ironia do destino, a meio da tarde o corpo deu sinal que precisa de descansar. A seguir ao almoço veio aquela perguiça de domingo à tarde; até aí nada de novo, mas não se ficou por aí. Pois é, o corpo começou mesmo a desligar e acabei no sofá a dormir uns 20 minutos (nada mau...).
Temos que estar atentos e respeitar estes sinais do corpo. Se pede descanso, há que lhe dar descanso. Esta semana deitar-me cedo será prioritário, não posso vacilar neste ponto. Sábado acordei relativamente descansado e tudo foi diferente. Os níveis de energia, a paciência, a disposição permitiram-me usufruir de um dia bem mais agradável. Dormir o suficiente é fundamental e temos escolha, podemos optar entre o entretenimento que costumamos escolher à noite (quem consegue) e descansar, recuperar deste modo de vida em que nos metemos.
Eu construí uma vida com alguma complexidade: dias de trabalho longos, família 4 pessoas, hobbie. Chegamos a uma altura da vida em que reconhecemos essa complexidade e estamos dispostos a simplificar, mas é difícil, implica esforço e tempo. Vai demorar, mas é necessário. Não me vou matar lentamente para corresponder às complicações que eu arranjei para mim próprio. Chegou o momento de dizer basta e inverter o sentido. Devagar, sem virar costas, assumindo as minhas responsabilidades, mas sem retorno (espero eu!). A minha experiência já mostrou que sem pressa e sem desvios chegamos ao destino, portanto, também chegarei a este.