O poder da modéstia e da simplicidade
Semana com desafios profissionais. Está na altura de balanços de 2017 e hora de recolher, compilar informação de suporte a avaliações. Muitas horas a trabalhar informação de gestão pela frente.
Este fim de semana foi muito interessante. Almoços de família habituais e um jantar anual de primos no sábado. Momento muito caloroso, de encontro entre pessoas que cresceram juntas e partilham raízes comuns. Colocar conversa em dia, partilhar como vai a vida, muita diversão e reencontro. São eventos de grande significado.
Infelizmente, alguns passam por problemas complicados, não de saúde, mas no lado das relações familiares e profissionais. Essas histórias levam-me normalmente a 2 conclusões: nunca sabemos o dia de amanhã e uma vida modesta, simples, pode prevenir problemas muito sérios. Claro que também não oferece luxos e tantas coisas que o desenvolvimento da sociedade atual proporciona. Ou seja, quando corre bem não oferece tanta abundância material e reconhecimento externo; quando corre mal, as perdas não são tão graves, nem comprometem presente e futuro. Os sacrifícios de conforto material são aparentes, porque a paz, a consciência tranquila que se deita na almofada não têm preço. Mesmo o reconhecimento externo é muito nebuloso. As pessoas têm uma atitude diferente perante os mais ricos e poderosos, mas, se algo corre mal, parece que há uma inveja a alimentar um sentimento de quase satisfação pela queda. A natureza humana, egóica, é complexa, estranha, irracional. Fiquei sensibilizado com a história e também mais seguro das opções que tenho tomado, porque o que quero é paz e é algo que, neste momento, tenho.
Ricos ou pobres, poderosos ou humildes, somos humanos, dominados por estruturas mentais com base num ego frágil. Essencialmente queremos que gostem de nós, sejamos quem formos. Outra ideia importante é que se procuramos uma solução para essa fragilidade no exterior, corremos riscos muito mais elevados de perder esse suporte.