Os quês da mudança
Mudança...
Eis uma palavra que cria arrepios na maioria das pessoas, a nossa necessidade de estabilidade e saber o que vai acontecer no futuro abana totalmente e as campainhas tocam no volume máximo. Há várias dimensões de mudança, hoje interessa-me mais a componente profissional. Estou em fase de mudança de funções. Após 10 anos na zona de conforto surge uma alteração. 2 reações mais fortes.
Em primeiro lugar, há um ligação emocional que é cortada. Tanto tempo na mesma área origina identificação, mas também propriedade. De certa forma, aquilo é nosso. A verdade é que não é, pertence à organização e coube-nos, durante um certo tempo, assegurar determinadas funções. Esse lado não correu muito mal, porque se estamos na zona de conforto os desafio são limitados. O funcionamento em velocidade de cruzeiro leva a alguma acomodação e a menor intesidade emocional associada facilita o "corte".
Em segundo lugar, a adrenalina. Entrar em novos temas, aumentar conhecimento e alargar as relações humanas acaba por ser estimuante. Mas isso é uma característica pessoal. Como tanta gente gosto de aprender, evoluir. Os dias no escritório estão com uma dinâmica renovada, a disponibilidade, a concentração, o empenho acabam por subir de nível.
Esta mudança acaba por ser boa para as duas áreas, porque há sangue novo, com outros conhecimentos, outras competências. Se tudo gerido com bom senso, não se estraga o que havia de bom e, com sorte, conseguimos acrescentar algo fruto da nossa experiência anterior. As organizações que alteram chefias com regularidade acabam por fazer algo que faz sentido, se bem pensado e se houver cuidado na escolha das pessoas.