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Vida de Sonho

Todos os dias temos uma decisão a tomar: o que vou fazer com a minha vida? Por aqui registo reflexões sobre essa guerra.

Vida de Sonho

16
Nov20

Terramoto interior e o Dilema das Redes Sociais

Vida de sonho

Recentemente, tomei consciência de um pensamento que provocou um pequeno terramoto interior. Refleti sobre opiniões, informações ou consequentes ações que assumo como minhas e tive que enfrentar a verdade de que não o são.

O que digo que penso ou faço tem origem em informação externa que recolho. Mais revelador ainda é constatar como mudamos à medida que recolhemos mais informação. Há um sentimento de identificação com parte da informação que estudo e escolho-a para colocar em prática no dia a dia. Gosto mais do racional que suporta o estilo de alimantação Paleo, portanto, é uma referência para mim. Mais do que o vegetarianismo ou o modelo ensinado na escola. Mas também dou atenção ao ponto de vista do vegetarismo e faço uma seleção de proteína que considera esta visão. Muito do que faço em termos de desenvolvimento pessoal é inspirado no trabalho de Robin Sharma, foi assim que tudo começou... O modo de estar no trabalho resulta de muitas horas de formação e estudo sobre performance e liderança.

Se tivesse escolhido outras fontes teria outro comportamento. O tipo de informação a que nos expomos com muita frequência tem grande impacto nas nossas ações e modo de pensar. Com o tempo, consolida-se e integramo-la como o que nós pensamos e sentimos. Integra a nossa personalidade, identificamo-nos com ela.

No meio desta fase, sai o documentário "O dilema das redes sociais", que ilustra a importância de termos consciência do acima escrito.

27
Out20

Simon Sinek - Infinite Game

Vida de sonho

Tenho acompanhado Simon Sinek e identifiquei-me completamente com este ponto de vista do infinite game. A verdade é que é assim que vejo a vida e mesmo no trabalho perguntei-me várias vezes: Porquê estes objetivos, estes números e não outros? E depois de atingirmos? O que fazer a seguir?

22
Jan20

Objetivo 1 - Cuidar de corpo, mente e espírito

Vida de sonho

Não há dúvida que sem saúde pouco se consegue fazer. Sendo assim, cuidar de nós é a base de tudo. Só assim conseguimos desenvolver as diversas dimensões da nossa existência. Para mim, cuidar de nós compreende 3 dimensões: corpo, mente e espírito. Completamente ligadas, mas com necessidades e formas de trabalhar diferentes.

O corpo é onde estamos melhor preparados para atuar. Toda a gente sabe que deve fazer uma alimentação saudável e praticar exercício físico. Uma alimentação saudável é assunto polémico, que não vou desenvolver. Gosto da abordagem Low Carb / Paleo, associada a jejum intermitente. É muito complicado seguir com esta abordagem, portanto, o objetivo é realista: uma alimentação mais cuidada durante a semana; ao fim de semana relaxo um pouco mais. É tempo de estar com a família e umas boas sobremesas sabem bem, sem qualquer dúvida. O exercício é de manhã antes do banho, por volta das 06h45 inicio 15 minutos de exercícios de força e alguns alongamentos. E pronto, já é exigente que chegue. É uma evolução com muito estudo e várias fases ao longo dos últimos anos.

Trabalhar a mente já é mais complicado, porque estamos tão identificados com ela que não achamos possível. A verdade é que a mente é programável: o que achamos que somos, os pensamentos que nos ocorrem, os nossos instintos e as reações emocionais (entre outros) são fruto da programação que se iniciou com o nosso nascimento. A forma como os nossos pais nos educaram, o ambiente em que crescemos e também as experiências que fomos sujeitos moldaram um paradigma mental e emocional a que chamamos personalidade. Sendo assim, por que não havemos de nos moldar de uma forma intencional? Ter estes planos de objetivos que lemos todos os dias ajuda a mente a focar-se; acompanhar conteúdos de desenvolvimento pessoal ajuda a termos ferramentas para levar os projetos em frente; o próprio exercício físico liberta endorfinas que originam uma sensação de bem estar mental. Podemos programar a nossa mente de acordo com os nossos objetivos, com o que queremos ser. Outra maratona, que leva muito tempo, que necessita paciência e persistência. Mas necessitamos começar, porque os primeiros resultados serão a motivação indispensável para continuar. Autoconhecimento e meditação são grandes ajudas para evoluir nesta área. Escrever num espaço como este (ou no clássico diário) ajuda a sistematizar ideias, a clarificar e a programar com intensidade reforçada.

O espírito, então, é algo polémico e fruto de grandes desentendimentos por esse mundo fora. Não sou religioso, mas o lado espiritual/filosófico é muito importante. Continuamos sem saber como aparecemos aqui e o que estamos aqui a fazer. Enfim, as grandes e eternas questões da humanidade continuam por responder: Quem somos? De onde vimos? Para onde vamos? Tenho estudado diversas filosofias orientais e sinto-me bastante próximo delas. Seja o Tao ou o Budismo, passando pelo Zen e a Advaita Vedanta. Mergulhar nestas ideias e práticas sobre a nossa natureza dá-nos perspetiva. Ajudam a perceber que a nossa passagem enquanto indivíduos é muito breve, que somos realmente insignificantes no tempo e no espaço. Nos momentos mais difíceis, o conforto do espírito também nos ajuda a arranjar forças e esperança que as coisas irão melhorar. Quando se aprofunda o autoconhecimento acaba-se por chegar aqui e a espiritualidade tem muito para nos dar. Continuar a estudar estas filosofias com regularidade, seja por livros ou vídeos no You Tube é a forma de cuidar do espírito.

20
Jan20

As famosas resoluções de ano novo

Vida de sonho

O início de um novo ano é uma tradicional tentação para tomarmos diversas resoluções que irão mudar a nossa vida. Este ano é que é! Claro que depois chega o dia 15/01, conhecido como o dia mais deprimente do ano, em que verificamos a nossa incapacidade para implementar todas essas nobres intenções.

A solução é criarmos um plano de longo prazo para a nossa vida, em que um novo ano representa a eventual revisão do plano. O meu primeiro plano foi feito em 2015, possivelmente consequência daquela coisa da crise dos 40. Inspirado por Robin Sharma segui o modelo One Page Plan, onde identificamos os nossos objetivos e valores para o ano em causa, que devem contribuir para a implementação da nossa Magnificent Obssession.

Aconteceram as revisões anuais devidas, portanto, também 2020 teve a sua revisão. Hoje regressou a vontade de escrever neste espaço, portanto, os próximos posts serão dedicados aos 5 objetivos para 2020.

07
Nov18

A lição mais importante

Vida de sonho

Ao início do dia tive um flah sobre o estudei nos últimos tempos sobre desenvolvimento pessoal e espiritualidade. Acabei por me questionar: o que é mais importante? O que seria mais útil para as pessoas saberem? Acabei por responder facilmente à segunda questão.

O mais útil seria, sem dúvida, aprender sobre o funcionamento da mente. Essencialmente, achamos que somos os nossos pensamentos. Somos aquela vozinha interior que está sempre em ação, a contar-nos histórias sobre nós próprios e os outros também.

Esta vozinha é resultado de um conjunto de experiências passadas, que constituem a nossa "identidade". O seu trabalho é replicar esse filme. Por que motivo é útil saber isto? Porque se a vozinha é resultado de experiências repetidas, significa que pode ser alterada. Se focarmos a nossa atenção em experiências diferentes, os conteúdos da vozinha mudam. Todos sentimos isso, as nossas opiniões e sentimentos alteram ao longo do tempo, justamente porque temos novas experiências, novos conhecimentos. Assim, não somos prisioneiros do passado ou do presente, podemos mudar a nossa história de vida e a nossa autoimagem. A experiência traumática da infância ou juventude não tem que nos definir para sempre.

Cada dia que passa, mais estou convicto que a felicidade está intimamente associada aos conteúdos da nossa mente. As nossas inseguranças e os nossos medos são constantemente trazidos à nossa consciência e reforçados. Se dedicarmos tempo suficiente a incutir pensamentos diferentes, positivos, encorajadores, sem dúvida que a vozinha irá passar a trazer conteúdos diferentes. E se os conteúdos forem melhores seremos mais felizes. Coisas boas e más vão acontecer sempre, mas os sentimentos que aparecem serão diferentes.

Falo isto por estudo, mas também por experiência própria. Nos últimos anos muito mudou, muitos desses conteúdos estão completamente diferentes. É preciso tempo e paciência, porque os resultados são garantidos.

02
Nov18

Introspeções poderosas

Vida de sonho

Hoje o dia começou calmo. Arranque sereno em casa e viagem calma no metro. Foi muito interessante, porque quando há menos agitação mental, consegue-se outra profundidade na introspeção.

Habitualmente, sentimo-nos uma pessoa, que tem um corpo e um cérebro que dispara pensamentos a toda a hora, tal como sentimentos, opiniões, etc... Quando paramos um pouco e observamos o que se passa no nosso interior conseguimos identificar pensamentos e sentimentos. Significa isto que a nossa atenção está a observar o fluxo constante de pensamentos. Depois há momentos em que a introspeção vai mais fundo, há momentos em que observamos a nossa própria atenção. Ouvimos algo e reparamos como a atenção se foca nesse som, vemos como a atenção repara na respiração, no bater do coração, etc...

E o que signifca isso? Significa que o nosso ser observa esses fenómenos, sim observa a respiração e o bater do coração. Se observa, então é algo exterior. Se é algo exterior, então não sou eu que faço o corpo funcionar, o "funcionamento" está acontecer de forma espontânea. Se a atenção alterna entre objetos de observação e eu observo, então eu não sou o agente, não oriento a atenção. Há um ruído e a atenção vai para lá. Mas eu não dou instruções para que tal aconteça, acontece de forma espontânea.

Estes momentos são fundamentais quando estamos num processo de autoconhecimento. Pensamos que somos este fluxo permanente de pensamentos, mas se formos mais fundo, somos o observador permanente e imutável desses pensamentos. Isto não é filosofia, teoria ou o que se quiser chamar. É a nossa experiência, é o que acontece quando paramos e simplesmente observamos o que está a acontecer.

18
Out18

Começar pela base

Vida de sonho

Tal como uma casa se começa a construir pelos alicerces, pela base, também faz sentido desenhar a nossa existência pelo princípio.

As primeiras coisas a considerar deveriam ser: o que é o universo? De onde veio? Como foi criado? E eu? O que sou? Como apareço aqui? Porquê? Começamos mal, porque a maioria das pessoas não conhece uma resposta satisfatória para estas questões.

A ciência ainda está no início do big bang, a matemática ainda não chegou ao momento do big bang, menos ainda ao que, eventualmente, o originou. Temos muitas teorias, temos também a física quântica que está a colocar algumas teorias estranhas, como a influência do observador ou conectividade entre tudo. O facto de tudo ser energia e a solidez da matéria estar a desaparecer bem em frente dos nossos olhos é um golpe duro no referencial científico, pelo menos, Ocidental.

O lado da espiritualidade apresenta respostas. Na espiritualidade, temos religião e algumas escolas filosóficas que se debruçam sobre estes temas. É quase consensual que o que chamamos existência tem origem no espírito, conhecido por vários nomes como Tao, Deus, Brahman, Alá, etc… As respostas deste lado também não são 100% satisfatórias, já que não as conseguimos comprovar cientificamente, nem temos uma experiência direta desse espírito: não o vemos, ouvimos, cheiramos, etc… Ao longo dos séculos, vários místicos relatam experiências diretas desse espírito, muitos afirmam que somos esse espírito. Alguns dos seus relatos originaram religiões ou escolas filosóficas.

Sempre me considerei agnóstico, alguém que tem dúvidas, já que esse espírito pode existir ou não. Não sei. E a verdade é que poucos sabem, se alguns. A maioria refugia-se numa crença: ou acredita que existe ou acredita que não existe. Essa posição é confortável, mas afasta-nos do conhecimento da verdade, pelo menos da busca. Por outro lado, crenças religiosas exacerbadas foram uma fonte de problemas no mundo. Como não sei, acompanho o que diz a ciência e estudo conteúdos filosóficos e místicos. Além da base familiar Católica, estudo o Tao Te Ching e Advaita Vedanta. Pelo caminho cruzo-me com o Budismo. Podemos não ter consciência disso, fruto da agitação dos nossos dias, mas este tema é fundamental para termos estabilidade e referências internas.

17
Out18

A felicidade, sempre a felicidade

Vida de sonho

A ideia que parece dominante nos dias de hoje é: o que eu quero é ser feliz. Parece óbvio, mas se formos um pouco mais fundo, não é algo assim tão simples.

Se seguirmos o modelo dominante, para ser feliz seria preciso ter boas relações, dinheiro, lazer, saúde, beleza, etc... Digamos que muitas coisas boas e o mínimo de coisas desagradáveis. Bom, a fasquia está elevada e não faltam revistas e redes sociais a projetar exemplos de felicidade. Não é preciso elaborar muito sobre o irrealismo desse modelo.

Podemos seguir uma abordagem intermédia, bastante mais razoável e pessoal, e definir o que consideramos suficiente para estarmos bem. Que coisas valorizamos e queremos. Esta abordagem é muito mais interessante, porque definimos objetivos mais ou menos claros e se nos focarmos na concretização teremos boas hipóteses de chegarmos lá. Vai manter-nos entretidos por algum tempo e quando começarmos a atingir os primeiros objetivos a satisfação pela realização vai rapidamente dar origem ao estabelecimento de novos objetivos. É muito difícil atingir algo e parar. A caçada continua, a insatisfação continua.

A minha ideia sobre felicidade é que passa pelo nosso interior. O segredo é a relação que temos com nós próprios. Que tipo de pensamentos e sentimentos povoam o nosso consciente? Qual a nossa autoimagem? Gostamos de nós? Como enfrentamos a vida, com leveza e otimismo ou de forma negativa e pessimista? Quando algo de desagradável acontece temos uma reação de vítima? Desprezamos as coisas boas? Como enfrentamos os desafios familiares, profissionais ou sociais? Podemos ter tudo o que o primeiro modelo sugere ou conseguir os objetivos que traçámos na segunda alterantiva, mas se o nosso mundo interior é negativo, inseguro, recheado de medos, então iremos olhar para o lado negativo e ignorar as coisas boas.

Cada dia que passa mais convicto estou de que tudo tem que começar no interior, trabalhar corpo e mente para o equilíbrio deve anteceder as buscas externas.

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