Como ser feliz
Há algo que me parece muito óbvio, o principal objetivo de quase todos os seres humanos é ser feliz, sentir-se bem. É também algo muito difícil no nosso modo de vida. Tenho dificuldade em enquadrar a realidade de África, Ásia ou Austrália, por exemplo... E a grande dificuldade que se nota é: o que devo fazer para ser feliz. Do que tenho estudado, quer no desenvolvimento pessoal, quer na espiritualidade, concluo 2 ou 3 pontos.
O nosso modo de vida dificilmente é a resposta. O que nos é proposto é uma caçada permanente. Persegue formação, realização profissional, sucesso amoroso, harmonia familiar, abundância material, beleza, lazer e serás feliz. Só de olhar para a lista fico cansado e vontade de esticar no sofá. Mas o principal ponto nem é a dimensão da lista. O principal obstáculo é que este modelo programa a nossa mente para querer sempre mais, logo, por muito que se consiga, a insatisfação será permanente, porque novas presas são-nos apresentadas pela mente. É um círculo vicioso sem fim. Além disto, é muito difícil ter sucesso em tudo.
O caminho mais acessível vem com a ajuda de alguns conceitos do desenvolvimento pessoal. Vamos identificar e quebrar esse ciclo. Vamos ter consciência de que temos níveis de conforto e possibilidades de vida sem paralelo na histórias, cultivar um sentimento de gratidão. Por outro lado, vamos definir o que queremos, porque nem tudo o que o modelo propõe nos faz felizes. Nem toda a gente quer sucesso profissional, nem toda a gente que criar uma família, etc... Vamos definir o que queremos, o que nos faz mesmo sentir bem e focar nessas áreas. A mente acaba por ser programada nesse sentido e a sensação de bem estar aumenta consideravelmente. Vamos viver a nossa vida.
Da espiritualidade vem a promessa da felicidade absoluta e a possibilidade de transcendermos o sofrimento da condição humana. Bom, aqui estamos a falar, essencialmente, da visão oriental. Hinduísmo e Budismo identificam a nossa essência e dizem-nos que a iluminação leva a que transcendamos o sofrimento.
Podemos ter vários caminhos, mas tudo o que estudei até hoje aponta para que o modelo ocidental não seja o melhor. Pelo menos, o melhor para a maioria da população. Há sempre uma percentagem que consegue o que o modelo propõe, mas não temos pistas sólidas que sejam felizes. O mais equilibrado acaba por ser definir os nossos objetivos e caminhar nesse sentido, ou seja, viver a nossa vida de acordo com o que é importante para nós.