O melhor conselho para dias maus
Acho que nunca esquecerei a mensagem transmitida neste vídeo.
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Acho que nunca esquecerei a mensagem transmitida neste vídeo.
Horas mentais agitadas. Agitação em casa, agitação no trabalho, mente em grande atividade. Noto isso no exercício matinal. Nos minutos seguintes ao final da rotina, o grau de foco no momento de gratidão mostra a agitação da mente. Quando outros pensamentos interferem é sinal de agitação acima da média. Mas, como tudo, é temporário.
Quando aprofundamos os conhecimentos místicos e filosóficos, a nossa visão da vida muda. Percebemos que há uma realidade mais profunda que este mundo material que nos rodeia (mundo aparente); percebemos que estamos envolvidos num ciclo imparável de movimento, uma sucessão de horas, dias, semanas, anos, independentes da nossa vontade; percebemos que não há um motivo para a nossa existência, ela simplesmente aconteceu; percebemos que estamos presos a um corpo limitativo, identificados com uma mente que não pára um segundo, mas pior do que isso, apresenta-nos pensamentos e sentimentos algo aleatórios (embora alinhados com a vibração do ego). Estas ideias tornam-se algo perigosas, porque, de repente, percebemos que não estamos aqui a fazer nada a não ser existir.
Existir é maravilhoso e um milagre. O que temos que resolver é a vida que o nosso ego construiu, com trabalho, família, relações, etc... Essa vida implica coisas para fazer todos os dias: horas para levantar, tratar da higiene, vestir, alimentar o corpo, assegurar tarefas familiares, sair para o trabalho, etc... A rotina tão recheada que conhecemos. E a verdade é que quanto mais acrescentamos à nossa vida mais coisas temos que fazer, mais nos afastamos da existência.
Torna-se, então, crítico, ligar significado ao que fazemos. Sem esse significado, sem um sentido de identidade associado à vida que construímos, entramos num ciclo em que as atividades diárias são um ciclo sem fim de obrigações, um peso na nossa vida, que acabam por originar dor interior e infelicidade. Pior, a mente acaba por se programar para associar dor a essas atividades e ficamos presos nesse mindset negativo.
O caminho mais óbvio é simplificar, focar a nossa existência em aspetos realmente importantes para nós e não ocuparmos em atividades sem significado. Isso leva a dor.
Um dos melhores dias do mês: jantar vínico. Tudo preparado, vinho comprado, vamos esperar que a hora chegue.
As reflexões matinais surgiram com uma ideia zen: relax, nothing is under control. A verdade é que muito pouco está sob nosso controlo. Até o que nos é mais próximo funciona de forma autónoma da nossa "vontade". O nosso corpo funciona sozinho: o coração bate, a respiração acontece, até os movimentos se desenvolvem sem sabermos como. Sobre a mente, o mesmo acontece. Temos uma pequena ação intencional nas decisões do momento e no que nos focamos. De resto, pensamentos e emoções aparecem de forma autónoma, o automatismo do subconsciente é que manda. Nem o que achamos que somos ou é nosso controlamos, quanto mais o que se passa à nossa volta.
Sinto tentado a concluir que nós somos, na verdade, esta consciência que experiencia o que acontece. Isto é feito com o auxílio da mente, que analisa, identifica, classifica os acontecimentos e desperta emoções; bem como do corpo, que permite o movimento. É notável...
Algumas ideias muito fora do quadrado circulam no meu consciente. O desenvolvimento do meu lado espiritual revela-se uma grande aprendizagem sobre a mente. Os professores e a respetiva "literatura" referem-se à mente como o último e mais difícil obstáculo a níveis mais profundos de consciência, porque nos identificamos com a nossa mente, sob a forma da personalidade desta pessoa que pensamos ser. A nossa personalidade não é mais do que um conjunto de ideias com que nos identificamos, já desenvolvido há uns dias. A principal consequência disso é que nos afastamos dessa consciência, da verdade.
Quando nos deparamos com essa constatação, o ego passa a ser uma criação que nos afasta da verdade, que nos enganou e iludiu ao longo da "vida", que nos afastou da perceção da realidade. Bom e como reagir a isso? Como vamos lidar com o nosso ego? A mente estará sempre connosco, enquanto houver vida no nosso corpo. O ego foi criado por todo o ambiente onde crescemos e após um certo de grau de maturidade continuou a construir-se. É como o software que "corre" no hardware que é a nossa mente. O ego, por si próprio, não é totalmente responsável pelas graves acusações que acima escrevi. Ele faz o que é programado para fazer, o que nós o programamos para fazer. Assim, perdão, compreensão é a forma de lidar com o ego. No entanto, após este despertar, temos todas as condições para o orientar, programar, da forma que quisermos. Se é um software, pode ser ajustado, no entanto, quanto mais nos identificarmos com ele, quanto mais acreditarmos que somos esta pessoa, mais difícil essa programação é.
O dia começou com uma ideia muito forte: se nascemos sem ego, como podemos ser o ego?
Associamos a nossa existência à nossa personalidade, a esta pessoa que pensamos que somos (ego). Eu sou esta pessoa, com este nome, aquela idade, estes gostos, aqueles valores, esta maneira de ser, etc... No entanto, quando nascemos, não temos essas características. Simplesmente existimos. Ao longo da existência, a nossa mente recolhe um conjunto de experiências, ensinamentos, informações em geral e guarda com especial atenção parte dessa informação.
A partir daí, esse conjunto de informação com que a mente se identifica origina uma personalidade, o ego. Dado haver uma carga emocional associada a essa informação (pensamentos, sentimentos, modos de estar e atuar), a mente contacta tantas vezes com eles que acaba por os estabelecer no subconsciente de forma muito enraizada. Constituem, assim, o nosso ego. Nada mais do que um conjunto de informação com tal carga emocional associada que nos identificamos com ela, sentimos que é a nossa identidade, o que nós somos. É um processo contínuo, porque diariamente temos experiências. A intensidade de algumas coloca-as no grupo da nossa identidade, enquanto outras são "retiradas". O conteúdo do ego está em constante mudança, mas a nossa existência não. Existimos sempre, acompanhamos essa evolução.
A ideia forte do dia de hoje é que nós existimos antes de esse ego ser construído, portanto, não podemos ser o ego. Se fôssemos o ego, não existiríamos sem ele. Uma mesa de madeira é madeira. Antes de ser mesa era madeira, que foi moldada em forma de mesa. Se desmontarmos a mesa continuarmos a ter madeira (a verdadeira essência mantém-se).
Uma ideia com forte carga emocional que surgiu hoje é que não sou o ego, porque existo antes dele. O ego reforçou a componente de que a minha essência não é o ego. Não deve ser agradável...
Nos últimos dias, algo muito interessante tem preenchido parte dos meus pensamentos. Começo a conseguir definir melhor o meu ego. O facto de fazer escolhas e direcionar a nossa vida no sentido que mais valorizamos clarifica o conteúdo do nosso ego e o caminho a seguir. Em termos práticos, o que significa?
Pilares: família, desenvolvimento pessoal, espiritualidade (autoconhecimento), paz interior, exercício físico (matinal) e alimentação (inspiração Paleo). Hobbies: vinho. Valores: respeito, amor. Projetos: aprofundar espiritualidade, independência financeira. Parece simples, não parece? Mas não é, são anos de trabalho no auto conhecimento, olhar para dentro, até chegarmos a estas conclusões que estão connosco independentemente do que se passa à nossa volta. Não é fácil isolarmo-nos dos milhentos estímulos exteriores, do modelo social em que somos formatados e definir de forma clara o que somos e para onde vamos.
O desafio do dia de ontem foi vencido. Trabalho entregue, após uns dias bem intensos e focados no mesmo. Hoje é dia de recuperar algumas tarefas que ficaram prejudicadas com isso.
Há momentos em que me apercebo que, aos poucos, estou cada vez menos disperso. O caminho para me focar no essencial e desligar de extras está a ser percorrido e, no meio do percurso, apercebemo-nos que algumas coisas mudaram. E a verdade é que o foco nas simplicidade, frugalidade e paz está a provocar mudanças. A principal mudança é interior. A "nossa cabeça" tem muito menos com que se ocupar, seja com coisas para fazer, seja com pensamentos, opiniões, comparações ou avaliações. Isso origina um sentimento de leveza e descontração, que nos ajuda a apreciar mais o que acontece na nossa vida, em vez de estarmos presos ao fluxo permanente de pensamentos que tanto desgastam.
A visão do ser humano enquanto parte da natureza é outra ideia que ganhou peso nos últimos tempos. Nós somos fruto da criação, tal como plantas, animais, espaço, terra, oceanos, etc..., esse sentimento muda a forma como nos vemos e como vemos o que nos rodeia. Há uma sensação de humildade, mas também de pertença a algo muito maior que nós, algo sagrado, miraculoso, divino e a sensação de paz interior que esse sentimento transmite é indescritível.
Altura de adensar a reflexão sobre o percurso espiritual. Decorreu cerca de um ano desde que iniciei esta "busca espiritual". O objetivo foi aprofundar o autoconhecimento e avançar para uma vida com sentido, em que os meus dias estivessem alinhados com o meu interior. Estava pensar principalmente no aspeto profissional, mas também sabia que poderia causar impacto em todos os aspetos da vida.
Pois bem, o desenvolvimento do processo tratou de me levar por caminhos bem diferentes das ideias iniciais. Auxiliado pelo Tao Te Ching e pela Advaita Vedanta, não demorou muito a perceber o destino final desta viagem: o vazio. À medida que ultrapassamos as diversas camadas, percebemos que a nossa essência é simplesmente vida, existência. Não há um pensamento, uma mensagem codificada ou uma imagem, ou seja, não há algo que a mente possa identificar, caracterizar ou reconhecer. Há vida, há existência, sem forma, cor, cheiro ou paladar para os nossos sentidos apreenderem.
Conclusão, podemos fazer a nossa introspeção e conhecer melhor a nossa personalidade. Aí ficamos ao nível do ego e representa um avanço importante para que vivamos de forma mais serena e harmoniosa. Mas é uma versão incompleta, porque o ego nunca está satisfeito. Poderemos traduzir esse conhecimento em ações que concretizem as pulsões do ego, mas o que acontecerá é que novos desejos aparecem. O ego necessita de uma razão para existir, portanto, criará sempre necessidades a satisfazer, num ciclo permanente até à morte.
Ontem, o meu "amigo" Robin Sharma publicou mais um vídeo. Desta vez em formato aventura, com passagem por vários locais do mundo.
É interessante verificar que ele continua a reforçar o ponto sobre autoconhecimento e até chama spiritual dimension. Não poderia estar mais satisfeito com este enfoque reforçado, porque estou justamente nesse caminho. Existem certos momentos na vida em que chegamos a conclusões poderosas. O estudo e aplicação dos conceitos de desenvolvimento pessoal representou um passo em frente na minha vida. Permitiu recuperar as rédeas do meu percurso e avançar em aspetos muito importantes, como família, exercício, leitura ou alimentação. A partir de meados de 2015, tomei consciência que a minha determinação em avançar numas áreas era bastante superior à de outras.
Ficou bem claro que é o nosso mais profundo interior, o nosso inconsciente, que dita a forma como nos comportamos em todos os aspetos da nossa vida. Acelera uns pontos e desacelera outros. No meu caso, os exemplos de exercício, alimentação ou leitura foram suportados por uma força de vontade interior que me permitiu colocá-los nos meus dias sem esforço. Já no lado profissional, por exemplo, sinto travões internos. Só em esforço, em força de vontade consciente, as coisas avançam.
Um desempenho de excelência apenas acontece se alinhado com a nossa força interior. Isto é válido para qualquer área (cônjude de excelência, profissional de excelência, pai/mãe de excelência, etc...), portanto, iniciei um processo de autoconhecimento através da meditação, estudo da área da espiritualidade e uma leitura mais atenta dos meus instintos e sentimentos. Foi um novo grande avanço, mas é um caminho longo, a percorrer com paciência.
Ontem foi um dia magnífico para o lado espiritual. Mais um excelente vídeo sobre Vedanta no Youtube, mais umas boas páginas do livro I Am That (Nisargadatta Maharaj) lidas e mais espaço criado entre essência e ego.
O parágrafo anterior é muito significativo, porque representa passos em frente importantes. O trabalho mental é o mais difícil, porque estamos totalmente identificados com o que se passa na nossa cabeça. Qualquer evolução que crie distância, afastamento dos pensamentos, sentimentos, emoções, é importante.
Começo também a sentir a mente mais calma nos meus parcos minutos de meditação. Parece que começa a perceber que aquele momento é de descanso, de paragem. É um senhor desafio, mas nada como o tempo, a consistência e a preseverança para que a evolução aconteça.
15 seguidores
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.