Turbulências da mudança
A escrita está mais difícil, hoje. A noite de sono foi um pouco mais curta e a máquina está emperrada. Depois de uns dias muito ocupados com reuniões e projetos, tudo aponta para um resto de semana com agenda mais livre. Vamos ver se consigo limpar algumas coisas no trabalho.
Neste fase sinto alguma divisão interior. Por um lado, começa a chegar a hora de deixar as coisas seguirem o seu próprio caminho. As ideias sobre controlo dos acontecimentos começam a integrar-se, ouvir as mensagens do corpo já é mais fácil. Estou a falar de coisas como fome, cansaço, etc... Não é fácil, porque estamos tão focados nos pensamentos, que tudo gira à volta deles, mas perante as irracionalidade e volatilidade da mente somos como um papel numa tempestade, que segue conforme a direção do vento.
Mas não é muito fácil, porque a mente não desarma. A corrente de desejos mantém-se, uns após os outros, na sequência infindável que tanta insatisfação nos causa. Se seguir o fluir da vida nos dá mais calma e serenidade, temos que gerir a mente irrequieta, que nos está sempre a desafiar: quero isto, quero aquilo, olha o que ele disse, olha o que fez, etc...
Mas como diz Robin Sharma, change is hard at first, messy in the middle and beautiful at the end. Faz parte do processo.